Entre Fama e Segredos ➦ 𝐸𝓃𝑔𝓁𝑜𝓉

Refúgio nas Sombras

A noite era densa e silenciosa quando Engfa e Charlotte saíram discretamente do apartamento, entrando em um carro preto estacionado na calçada. O motorista, um dos homens de confiança de Engfa, acelerou pelas ruas de Bangkok sem fazer perguntas. Charlotte, sentada ao lado de Engfa no banco de trás, sentia o coração disparado. Tudo estava acontecendo rápido demais, e o medo do desconhecido começava a se intensificar.

Enquanto o carro cruzava a cidade, Charlotte olhou para Engfa, tentando encontrar respostas no rosto da mulher que, até recentemente, era apenas um mistério fascinante. — Para onde estamos indo? • perguntou, sua voz baixa, quase um sussurro.

Engfa, que estava perdida em seus próprios pensamentos, voltou-se para Charlotte, seu olhar suavizando ao ver a preocupação em seus olhos. — Para um lugar seguro. Um dos meus refúgios, fora do alcance de qualquer um que tente nos encontrar • respondeu ela, tentando ser o mais tranquilizadora possível.
— Prometo que você estará segura lá.

Charlotte assentiu, embora soubesse que segurança era um conceito relativo no mundo de Engfa. Ela estava entrando em um território completamente desconhecido, mas algo em Engfa lhe dizia que era melhor confiar nela do que ficar e arriscar algo ainda pior.

Após uma hora de viagem, o carro saiu das movimentadas ruas da cidade e seguiu por uma estrada mais tranquila, cercada por árvores densas. Eventualmente, chegaram a uma propriedade isolada, cercada por altos muros e vigiada por câmeras de segurança. O portão se abriu silenciosamente, e o carro entrou em uma longa estrada que levava até uma mansão imponente.

Assim que pararam, Engfa saiu do carro e ajudou Charlotte a descer. — Este é um dos meus refúgios mais seguros • disse Engfa, conduzindo Charlotte para dentro.
— Poucos sabem da existência deste lugar.

O interior da mansão era elegante, mas não ostentoso. Cada detalhe parecia cuidadosamente planejado para conforto e segurança. Charlotte olhou ao redor, absorvendo o ambiente e tentando se acalmar. Engfa a guiou até uma sala de estar aconchegante, onde uma lareira acesa espalhava um calor reconfortante.

— Quero que fique aqui, pelo menos até que eu tenha certeza de que o perigo passou. • disse Engfa, enquanto se sentava ao lado de Charlotte no sofá.
— Eu lamento que você tenha sido envolvida nisso, mas... as coisas saíram do meu controle.

Charlotte olhou para Engfa, sentindo a sinceridade e o peso das palavras. — Eu sabia que havia riscos, mas não sabia que seriam tão reais • respondeu ela, tentando manter a calma.
— Mas... por que não me contou antes? Sobre o perigo, sobre o que está acontecendo.

Engfa respirou fundo, lutando para encontrar as palavras certas. — Eu queria te proteger, Charlotte. Queria manter essa parte da minha vida longe de você, mas... agora é impossível. Meu mundo é perigoso, e você se tornou um alvo porque está perto de mim.

Houve um silêncio pesado entre elas. Charlotte sabia que tinha uma escolha; podia recuar, deixar esse mundo e tudo o que sentia por Engfa para trás, ou podia ficar, apesar dos riscos, e tentar construir algo em meio ao caos.

— Eu não vou a lugar nenhum. • Charlotte disse finalmente, sua voz firme.
— Se você diz que estou segura aqui, eu acredito em você. E se existe uma chance de passarmos por isso juntas, então eu estou disposta a tentar.

Engfa sentiu uma onda de alívio misturada com um profundo medo. Charlotte estava disposta a ficar, mas Engfa sabia que isso significava enfrentar desafios ainda maiores. Ela não podia prometer que tudo ficaria bem, mas o fato de Charlotte estar ao seu lado dava-lhe uma força renovada.

— Eu não vou deixar que nada te aconteça. • Engfa disse, pegando a mão de Charlotte.
— Você confia em mim?.

Charlotte olhou nos olhos de Engfa e, sem hesitar, respondeu. — Sim, confio.