Capítulo seis.

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★★★


Foi Riley quem me ajudou a recuperar a memória. Recontando histórias de nossa infância, relembrando a vida que levamos, os amigos que tinhamos, até que tudo voltou a tona. Também, foi  ela quem abriu meus olhos para a bela vista que passei a ter no sim da Califórnia; ao vê-la tão empolgada com meu quarto novo,o lustroso vermelho, as praias maravilhosa e minha nova escola.

Percebi que,embora essa não seja a vida que escolhi,ainda assim tem seu valor.

E mesmo que a gente brigue,discuta e implique uma com a outra tanto quanto antes,a verdade é que hoje,vivo para as visitas dela.

Agora que posso vê-la tenho uma pessoa a menos de quem sentir saudades. E os momentos que passamos juntas são os melhores de cada dia.

O único problema é que ela sabe disso. Portanto,sempre que toco nós assuntos proibidos, tais como: Quando vou poder ver a mamãe, o papai e a Buttercup outra vê? ou Para onde você vai quando não está aqui?,ela me castiga passando uns dias sem aparecer.

Esse mistério todo me deixa furiosa,mas não sou boba de insistir nisso.

Também não contei a ela sobre meus novos super poderes sobrenaturais,de enxergar auras e ler pensamentos,muito menos sobre as mudanças que esse dom provocou em mim, inclusive no jeito de eu me vestir.

—Você nunca vai arrumar namorado ou namorada como preferir vestindo assim.
Ela diz isso esparramando se em minha cama enquanto cumpro o ritual das manhãs, tentando me aprontar para a escola e sair .aos outros menos a tempo.

— Bem,nem todo mundo pode simplesmente estalar os dedos e..puf!,ter a roupa que quiser— respondo, calçando os tênis surrados e amarrado os cadarços puídos.

— Ah, deixe de onda! Como se Sabine não lhe desse o cartão de crédito na mesma hora em que pedisse. E esse capuz aí? Por acaso você faz parte de uma gangue?

— Não tenho tempo pra ficar de papo.

Recolhendo livros, iPod e mochila, vou em direção a porta. — você vem comigo?— pergunto, e minha paciência quase chega ao limite quando vejo Riley fazendo beijinho enquanto decide,com a maior calma do mundo, o que vai fazer.

— Tudo bem— ela diz finalmente.— Mas só se você baixar a capota. Adoro sentir o vento no cabelo.

— Ótimo. Mas veja se dá o fora a tws de a gente chegar a casa do Ajax, falou? É horrível ver você sentada no colo dele sem permissão.

Quando Ajax e eu chegamos a escola, Yoko já estava esperando por nós no portão, corredor os olhos por toda parte.

— Olha só — ela diz—,daqui a cinco minutos o sinal vai tocar e a Wednsday ainda nem deu a cara. Vocês acham que ela caiu fora?— pergunta, os olhos amarelos em nós, arregalados de inquietação.

— E por que ela faria isso? Acabou de chegar.— eu digo, seguindo para meu armário, enquanto Yoko saltitava a meu lado, tamborilando no chão as grossas solas das botas.
 

—Hmmm... Porque não somos dignos dela. Ou porque ela é boa demais pra ser verdade, quem sabe.

— Mas ela precisa voltar. A Enid emprestou seu exemplar de  O morro dos ventos vivantes, e ela agora precisa devolvê-lo — diz Ajax, antes que eu possa detê-lo.

Balançando a cabeça enquanto abro o cadeado do armário,sinto nas costas todo o peso do olhar furioso de Yoko.

— Quando isso aconteceu?— ela diz,as mãos apoiadas na cintura.

— Você sabe a senha número 1 é minha, não sabe? E por que eu não fui informada disso? Por que ninguém me contou nada? Na última vez que a gente se falou, você ainda nem tinha visto ela.

— Ah, mas ela viu. Quase tive de ligar pro disque-emergência pra ressuscitar nossa amiga— diz Ajax, rindo.

Mais uma vez balanço a cabeça,fecho o armário e sigo pelo corredor.

— É verdade — Ajax da de ombros e segue na minha cola.
—  Quero ver se entendi direito: você agora não é mais uma ameaça; é um risco, é isso?— Yoko me espia através das pálpebras apertadas e cheias de rímel, o ciúme deixando sua aura com um tom feio, tipo verde-vômito.

Respiro fundo  e olho pra eles.

—  É verdade: sou uma tremenda queimação de filme, um enorme desastre preste a acontecer, totalmente. Com certeza não sou uma ameaça a ninguém. Sobretudo porque não estou interessada. Sei que é difícil acreditar,porque ela é aquilo tudo: bonita,linda, estoteante,gostosa,um abuso,seja lá o nome que vcs queiram dar. Mas a verdade é: Não gosto da Wednsday Addams Que mais posso dizer?

— Hmm.. acho que mais nada.— diz Yoko olhando para frente sem nem piscar

Sigo o olhar dela e .e deparo com... Wednsday Addams. Parada, os cabelos pretos reluzentes, olhos ardentes, um corpo maravilhoso e aquele conhecido sorriso. E meu coração quase bem a boca quando,sorrindo, ela abre a porta da sala e diz:

— Enid, você primeiro.

Traço uma reta em direção ao fundo da sala e por pouco não tropeço na mochila de Stacia colocou no caminho. Meu rosto queima de vergonha, pois sei que Wednsday vem logo atrás de mim e que ouviu tudo o que eu disse a Ajax e Yoko, cada detalhe daquelas palavras horríveis.

Jogo minha mochila no chão, escorrego carteira adentro, coloco o capuz e ligo o iPod no volume máximo.

Mas assim que começo a relaxar, já decidida a não ligar mais para isso, levo um susto devastador,uma descarga elétrica que invade minha pele e segue corredor o pelas veias, fazendo meu corpo inteiro formigar.
E tudo porque Wednsday colocou a mão sobre a minha.

Não é fácil alguém me surpreender. Desde que adquiri os poderes, só a Riley consegue essa façanha aliás, acredite, ela sempre encontra um jeito novo de fazer isso. Mas quando levanto os olhos de minha mão para o rosto de Wednsday, ela apenas sorri e diz:

— Eu queria devolver isto aqui.—  E me entrega o exemplar de  O morro dos ventos vivantes

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hy guys 💁🏻‍♀️

lembra aí -★

Para sempre as imortais - Wenclair G!P Onde histórias criam vida. Descubra agora