Spectrum (Dramione)

Capítulo 18

A Batalha de Hogwarts

Draco correu pelos corredores de Hogwarts, cada passo ressoando como um tambor em sua mente. O beijo com Hermione ainda queimava em seus lábios, uma mistura de doçura e desespero que ele não conseguia afastar. O turbilhão de sentimentos inexplicáveis dominava seu peito, a dualidade de emoções formava um nó em sua garganta. A ânsia e o desespero por Hermione Granger ecoavam em sua mente, mas ele precisava se concentrar na batalha.

Os sons do confronto aumentavam à medida que ele se aproximava do coração do conflito. Feitiços zumbiam e explodiam ao seu redor, e ele se esquivava habilmente, avançando com determinação. Seu olhar era firme, mas sua mente ainda estava dividida. No fundo, ele sabia que precisava se concentrar na tarefa à sua frente, mas a imagem de Hermione, sua expressão surpresa e o calor de seu toque não saíam de sua mente. Ele não podia permitir que esses sentimentos o distraíssem agora. Ele sabia que havia escolhido o lado certo, e aquele turbilhão de emoções precisaria ser deixado de lado. Havia uma guerra para vencer, depois ele poderia tentar compreender tudo aquilo em seu peito.

Ao virar um corredor escuro e úmido, Draco avistou um grupo de Comensais da Morte atacando alguns alunos mais novos. Ele podia perceber seus corações baterem descompassados, com olhos arregalados de terror. Sem hesitar, Draco levantou a varinha, sua mente tomada pela adrenalina e pela fúria cega. Talvez ele conhecesse aqueles Comensais, talvez houvessem sido amigos dele um dia, mas naquele momento, eles eram inimigos. Cada feitiço lançado era carregado com a força de sua determinação e o peso de seu passado. Ele lutava como se cada ataque fosse uma tentativa de expiar seus pecados, de se redimir.

— Malfoy! — uma voz familiar chamou.

Ele se virou bruscamente para ver Neville Longbottom correndo em sua direção, o rosto sujo de poeira e suor, mas os olhos brilhando com uma determinação feroz.

— Longbottom — Draco respondeu, acenando com a cabeça. — Estão tentando encontrar a cobra.

Neville assentiu, o semblante sério.

— Ouvi falar disso.

Os dois seguiram em frente, lutando lado a lado enquanto avançavam pelos corredores infestados de morte e destruição. O som de feitiços ricocheteando e gritos de dor ecoavam pelas paredes de pedra, criando uma sinfonia macabra. Draco percebeu que, apesar das diferenças e do passado, estavam unidos por um objetivo comum. E isso era o que realmente importava naquele momento.

Enquanto se aproximavam de uma sala grande e vazia, uma sensação de arrepio percorreu a espinha de Draco. Ele sabia que estavam se aproximando do perigo. Neville parecia sentir o mesmo, seus olhos varrendo o local com cautela.

— Ali — Draco sussurrou, apontando para um canto escuro onde uma sombra se movia sinuosa e silenciosa.

Era Nagini. A cobra gigante de Voldemort, protegida por um feitiço poderoso. Eles precisariam ser rápidos e precisos.

— Vamos acabar com isso — Neville disse, a voz firme, mas baixa.

Eles avançaram juntos, Draco lançando feitiços para distrair Nagini enquanto Neville se preparava para o ataque final. A batalha foi rápida e feroz, cada movimento de Nagini era letal e cheio de malevolência. A sala parecia se estreitar ao redor deles, o ar carregado com a tensão de vida ou morte. Draco sentia cada fibra de seu ser vibrar com a adrenalina, o medo e a determinação.

O chapéu seletor apareceu de repente à frente de Neville, dentro dele a espada de Gryffindor cintilando com uma luz prateada. Neville foi rápido, pegou a espada e a levantou, mas antes que pudesse desferir o golpe final, Nagini atacou com uma velocidade surpreendente, lançando-o contra a parede com um impacto brutal.