EXILE - 05

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CAPÍTULO CINCOdezembro, 2023

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CAPÍTULO CINCO
dezembro, 2023

Meus pais não perguntam nada quando chegamos ao pé da escada, e eu agradeço muito por isso. Provavelmente estão tão acostumados com a presença do Gabriel por aqui ou a ideia de nós dois nos dando bem parece tão absurda que simplesmente nem falam nada.
A minha mãe até parece meio desconfiada comigo, porque mãe é mãe, mas fica quieta.
O meu irmão tá preocupado demais com a namorada e apesar de insistir pro Medina ficar mais, não confronta mais quando o surfista diz que precisa mesmo ir pra casa porque tem que preparar mais umas coisas pra festa e sei lá o que.

Nem quero saber que festa é e fico muito feliz que ele nem olha mais na minha cara e vai embora.
Aí ficamos eu e minha mãe na cozinha já que meu pai sai pra fazer sei lá o que. Ela pega um copo, enche de água e se senta na mesa, na minha frente.
Estou sentada igual um criminoso que se prepara para ser interrogado. Eu tiro o copo da mão dela e bebo quase toda a água.

Que cara é essa, Maria Alice? -diz, curiosa. A expressão facial não engana, tá maluca pra que eu diga algo. — Conheço vocês hein... De muitos anos. E eles podem ter passado, mas certas coisas nem o tempo muda. Essa carinha de vocês dois de que aprontaram tá igual. -diz. Eu arregalo os olhos, de medo, vergonha... Não sei.

Parece que tenho quinze anos de novo, e o Gabriel tem dezoito e tá fugindo do sermão e me deixando escutar sozinha. Tudo de novo.

— A gente só conversou, eu juro. -murmuro. É o novo "não fizemos nada, eu juro" que eu disse naquela época.

— Quem jura mente. -cruza os braços e ergue a sobrancelha numa pose de mãe que combina muito com a dona Júlia. — Se o Lindo ficar sabendo... Vai matar o Gabriel. -diz, do nada.

— Sabendo do que, dona Júlia? -me faço de maluca mesmo. — E matar por que? -fico curiosa.

— Mali, vocês estavam claramente... vermelhos. -diz, de um jeito engraçado. — E tinha uma marca de mordida no ombro dele e olha só... seu pescoço tá vermelho. -eu imediatamente toco a minha própria pele, querendo morrer.

TIMELESS | Gabriel MedinaOnde histórias criam vida. Descubra agora