END GAME - 13

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CAPÍTULO TREZE01 de janeiro de 2024

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CAPÍTULO TREZE
01 de janeiro de 2024

Experimentar da sensação de estar no lugar certo, fazendo a coisa certa, é o sonho de muita gente. Muita gente mesmo.
É por isso que desacredito que tenho tanta sorte. Porque no momento o Gabriel desce do carro, abre a porta pra mim, segura minha mão e nós começamos a caminhar pra dentro de casa, parece a coisa mais certa que fiz em anos.

Mesmo assim, não posso evitar os pensamentos negativos. Eles ficam pesando a minha cabeça, mas tento fingir que tudo está bem por fora. Não quero ter esse tipo de conversa agora e sei que o Gabriel gosta muito dessas conversas. Pra ele conversar é a resolução e pra mim, é o problema.

— Por que você nunca mais surfou? -ele acende a luz do quarto dele assim que passamos pela porta. A pergunta me pega desprevenida, mas 'e faz pensar que provavelmente ele tá viajando nisso a um tempo.

— Não é que eu nunca mais surfei. -faço uma careta e caminho até a cama, me sentando no acolchoado fofinho enquanto assisto ele tirar a camisa do corpo. — Eu surfei umas três ou quatro vezes quando ia no Rio trabalhar. -digo. Ele me olha como se dissesse que "duas ou quatro vezes" pra quem surfava todos os dias da vida, é sim, não surfar mais.

— Hum. -murmura. — Mas ainda não entendo como cê' não sentiu falta da vida de praia. Era sua rotina, sabe? Aí do nada dez anos sem isso. -ele diz. Parece que não é exatamente o que quer dizer e isso já começa a deixar meus pelos eriçados. A qualquer momento ele pode simplesmente fazer uma pergunta e acabar com todo o momento tranquilo que estamos tendo.

Senti falta. -disse simplista. — Mas aprendi a gostar de outro tipo de vida além da que conhecia. -expliquei. — Você não vai competir pra sempre, também. -falo, brincando com uma mecha de cabelo. — Uma hora vai parar e vai perceber que dá pra gostar e amar muitas outras coisas além daquilo que a gente é acostumado ou induzido a fazer.

— Eu não sou induzido a surfar. -rebate. Ele começa a caminhar na direção da sacada e eu vou atrás, sentando na poltrona que fica ali. Ele se senta no lado oposto.

TIMELESS | Gabriel MedinaOnde histórias criam vida. Descubra agora