SO HIGH SCHOOL - 04

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CAPÍTULO QUATROdezembro, 2023

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CAPÍTULO QUATRO
dezembro, 2023

O Gabriel foi o primeiro cara com quem eu transei na vida, e por três anos da minha adolescência foi o único, também. E era ótimo.
Nesse quarto, exatamente igual. Bem menos experiente e muito mais insegura com meu corpo? Sim. Mas nem tanta coisa mudou, aparentemente.

Ainda parece que sou a mesma Maria Alice de quinze anos, pintando a parede do quarto com o namoradinho antes de transar pela primeira vez.

Mesmo assim, nada disso justifica o quão a vontade e segura eu fico com ele mesmo depois de fucking dez anos. Quando o corpo dele cobre o meu e se encaixa no meio das minhas pernas enquanto me beija, percebo que nunca estive tão tranquila com um cara quanto estou agora.
Não me importo com o fato de estar claro e ele estar vendo demais do meu corpo. Não importo com a forma que ele fica me olhando porque sei que ele tá me admirando e não qualquer outra coisa. Só simplesmente... fico à vontade e curto o momento.

O momento que ele desata o biquíni com cuidado, e fica me olhando com essa cara que já decidi que gosto muito. Uma cara de cafajeste e ao mesmo tempo de carinhoso que me mata, sério. Gosto muito mesmo do jeito que ele tá fazendo isso e de como não tem pudor nenhum, mesmo com toda a situação em que estamos.
Ele termina de tirar meu biquíni e os dedos dele se enfiam na minha cintura e ele me puxam um pouco mais pra perto enquanto eu coloco a mão no cós da bermuda molhada. Os lábios procuram pelos meus, acham. E ele me dá um beijo ainda melhor do que o anterior. Com mais vontade ainda, mais sujo ainda. Porra. Esse cara envelheceu como vinho mesmo.

Tudo fica bagunçado e quando vejo estamos os dois sem roupa, ainda nesse joguinho do "quase". As mãos dele apertam minha cintura com tanta força que os dedos vão ficar marcados, fazendo com que nossas intimidades se toquem com certa força. Um gemido rouco e longo escapa do fundo da garganta dele quando me remexo de leve em baixo dele. Os dois ansiando de forma quase desesperada.

Eu me remexo mais uma vez, ansiando pelo momento que ele vai perder a paciência de novo e ele perde, me invadindo devagarzinho. Combina com ele.

Ele fala devagar, faz tudo com calma e paciência. Desfruta das coisas. E quando ele começa a se movimentar dentro de mim é isso que sinto. Que tá desfrutando.
Porra, e eu também desfruto muito. Não me importo com barulho, com passado, com futuro... Só com ele. Eu. A gente.

Caralho, Alice. -me aperta. Me puxa pra mais um beijo. — Porra... -se movimenta mais. É mínimo, mas alcança um ponto dentro de mim que me mata. Um gemido escapa da minha boca. Ele me encara de novo, deixa um beijinho suave nos meus lábios. — Linda.

O jeito que ele fala isso me dá vontade de gritar.
A forma como ele tá se movimentando e me mantendo no lugar começa a fazer tudo contrair, eu paro de enxergar... Começo a tremer. Ele me aperta ainda mais, me mantém no lugar, estala um tapa na lateral da minha coxa...
Minhas pernas ganham vida própria, começam a se apertar contra ele e sei que estou involuntariamente apertando ele dentro de mim também porque ele continua falando várias coisas desconexas, mas sinceramente não consigo escutar nem metade. Meu ouvido tem um zumbido constante. Solto uma palavra qualquer, sentindo tudo dentro de mim contrair com mais força e escuto quando ele diz:

Goza, linda. -morde meu lábio inferior. Eu me levanto na capa e mordo o ombro dele com certa força. — Goza comigo.

Acabou comigo. Eu me desmancho, soltando um gemido abafado contra a pele dele e ele faz o mesmo no meu pescoço enquanto goza também.
E a gente fica quieto por tanto tempo se recuperando que fico extremamente sonolenta. Minhas pernas tão tremendo, o peso dele sobre mim me deixa ainda mais cansada e ele arrastando o nariz pelo meu pescoço com a respiração desregulada me dá vontade de pedir uma passagem só de ida pra o céu.

O que eu acabei de fazer? Meu Deus.

Meu Deus mesmo, porque a porta de madeira dos fundos range e eu escuto daqui. As vozes dos meus pais, do meu irmão e da namorada ficam audíveis também e eu esqueço que tem um urso em cima de mim e levanto num pulo.

— Se veste. -digo, abrindo uma gaveta da minha cômoda e jogando uma toalha nele antes de entrar no banheiro.

Eu me olho no espelho e tô uma bagunça. A cara do pós sexo.
Mas tomar banho tornaria ainda mais estranho a descida lá pra baixo com o Gabriel então eu só visto a roupa que tinha ficado na pia mais cedo — meu pijama —, e saio.

O surfista tá sentado na minha cama. A cara do pós sexo também.
O rosto bronzeado tá vermelho, a boca meio inchada e o ombro dele tem uma marca enorme da minha mordida.

Santo Deus.

— Vamo' descer? -ele pergunta, calmo, tranquilo. Não sei como ele consegue. Nem esse chá do caramba consegue me deixar 100% zen assim principalmente em uma situação como essa. Eu concordo com a cabeça, tentando poupar palavras.

Quando chegamos na escada, ele — que caminhava atrás de mim, para do meu lado e me vira na direção dele, segurando meu pulso.
Espero qualquer coisa, mas de início ele só solta uma risadinha, com uma cara absurda de vagabundo. Daqueles de marca maior. Só espero quietinha a atrocidade que sei que vai falar..

Quer que eu te carregue até lá embaixo? -o cafajeste pergunta baixinho, apontando com o queixo lá pra baixo.

— Sério? -eu reviro os olhos.

Para de tremer as pernas, gatinha. -ri.

Cheeeeegaaaaaaaaaaa. É demais pra mim.

— Cala a boca. -me viro, começo a descer as escadas.

É até melhor, a vista aqui de trás é boa demais. -sussurra, enquanto desce atrás de mim. E dá um tapinha na minha bunda.

Eu vou me matar. Hoje.

 Hoje

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TIMELESS | Gabriel MedinaOnde histórias criam vida. Descubra agora