MAROON - 08

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CAPÍTULO OITOdezembro, 2023

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CAPÍTULO OITO
dezembro, 2023

A nossa vida é feita de escolhas. Algumas são bem pensadas e outras a gente só... Escolhe. Porque sabe que precisa escolher.
Quando tudo aconteceu entre o Gabriel e eu, eu sabia que precisava escolher entre o Brasil e a minha saúde, e a Itália e o meu sonho. E eu fiz uma escolha, fui feliz com ela... Mas as coisas mal resolvidas acabam voltando pra nos dar um tapinha na cara e dizer "acorda".

Eu acordei. Mas no sentido literal.
O braço do Gabriel faz peso em cima da minha cintura e o ruído do ressonar dele é a única coisa audível no quarto. Tem um feixe de luz evidenciando que a cortina não foi fechada direito e a luz tá batendo bem no rosto dele. A cena é digna de um filme, mas não me permito assistir por muito tempo.

Começo a levantar devagar, torcendo pra que ele não acorde e eu possa ir embora sem precisar lidar com as consequências das escolhas que venho fazendo — de forma muito burra — desde que cheguei em Maresias.
Fico repetindo pra mim mesma que isso aqui não significa nada e que foi só uma trégua, porque não pode ser mais que isso.

Saio do quarto quase correndo. Já é tarde, deduzo isso porque sinto o cheiro do almoço vindo da cozinha. Fico parada no corredor sem saber se eu só simplesmente saio pela porta da frente como uma pessoa normal ou faço como a Maria Alice adolescente que burlava o dia de concentração do seu namoradinho surfista e saio pelos fundos. Escolho a segunda opção. Com toda certeza minha capacidade de escolher coisas está beeeem questionável.

Quando chego em casa, dou de cara com o meu irmão e uma prancha embaixo do braço, pra variar.
Ele me olha dos pés a cabeça, com o olhar se demorando na camiseta que estou usando. É estranho porque eu sou a irmã mais velha, mas mesmo assim estou com medo de levar um sermão.
Desde que o Gabriel ressurgiu na minha vida eu tenho me sentido mais adolescente do que é normal para uma pessoa da minha idade.

— Cadê o Gabriel? -pergunta. Parece um pouco com um deboche, então eu cruzo os braços na defensiva.

— No meu bolso não tá. -respondo no mesmo tom.

TIMELESS | Gabriel MedinaOnde histórias criam vida. Descubra agora