Capítulo 6: de tus silencios mi furia (dos teus silêncios minha fúria)

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“Detrás de tu escandaloso silencio grita <<ayuda>> en tres idiomas un espíritu indomable, insurrecto, pendenciero, encarcelado …”

(Detrás do teu escandaloso silêncio grita <<ajuda>> em três idiomas um espírito indomável, insurrecto, pendenciador, encarcerado …)

- Edgar Oceransky

A reunião tinha sido um completo desastre, parecia que tudo o que tinham avançado até ali tinha ido por água baixo em um piscar de olhos.

Kelvin tinha apresentado uma ideia muito boa. ele admitia que o primeiro argumento que tinham apresentado contra a mesma era completamente válido. A ideia era excelente, mas era extremamente arriscada.

Ele estava pronto para uma negativa vinda de Ademir, que preferia ser mais conservador em seus posicionamentos, mas acabava cedendo quando via os resultado impecáveis que estavam tendo.

Só que o loiro não esperava de jeito nenhum que a primeira crítica viesse de Ramiro. O preto tinha levantado pontos nos quais Kelvin já tinha pensado, mas o fez de forma tão firme que sequer o deixou explicar as possíveis soluções.

Depois de tentar falar algumas vezes e ser interrompido repetidamente hora por Ademir, hora por Ramiro, Kelvin decidiu que ele poderia ter achado a cura do câncer que não seria ouvido alí.

No final da reunião, quando já saia da sala de Ademir, o ouviu se dirigindo a Ramiro com voz debochada

— Es impresionante como pensamos que alguien como este nos podría servir para algo. Pero también, cómo esperar eso de alguien que salió de donde el salió, y que obviamente es lo que él es. Seguro su cerebro no está tan desenvuelto (É impresionante como pensamos que alguém como esse poderia servir pra alguma coisa. Mas também, como esperar isso de alguém que saiu de onde ele saiu e que obviamente é o que ele é. Certeza que seu cérebro não é tão desenvolvido)

Kelvin esperava ser defendido por Ramiro, afinal, o preto também tinha as características que Ademir tanto julgava, mas se irritou ao perceber que o preto apenas tinha ignorado o dito e se dirigia a porta pisando firme, quase fugindo da situação, quando um loiro cruzou por ele feito um furacão

— No tienes el derecho de decir una sola palabra sobre mí, si no te parezco suficientemente inteligente por qué me contrataste en primer lugar? Si no te parece que mis ideas aportan por qué en una semana he logrado cerrar más contratos para ti que lo que se han cerrado en el ultimo mes? Y no me digas que estaban encaminados porque tu mismo dijiste que habían dos que estaban practicamente perdidos. Esto no tiene nada que ver con mis capacidades y si con tus preconceptos y no voy a aceptar que digas una palabra más sobre mi. Si te parece tan malo mi trabajo, pues despídeme, sobre quién soy o de dónde vine la única persona que puede opinar soy yo mismo. Y tú, Ramiro, no te cansas de solo escaparte de a ratos de esto?
(Você não tem o direito de dizer uma só palavra sobre mim, si eu não sou suficientemente inteligente por quê me contratou? Si você não acha que minhas ideias aportam por quê em uma semana eu fechei mais contratos pra você do que os que tinham fechado no último mês? E não venha me dizer que eles já estavam quase fechados porque você mesmo me falou que dois deles estavam quase perdidos. Isso não tem nada a ver com minhas capacidades, só tem a ver com seus preconceitos e eu não vou aceitar que você fale uma palavra a mais. Se você acha que meu trabalho é tão ruim, então me manda embora, sobre quem eu sou ou de onde eu vim a única pessoa que pode opinar sou eu mesmo. E você, Ramiro, você não cansa de só fugir de tempos em tempos de isso tudo?)

Duas vidas, dois mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora