10

504 64 32
                                    

+20 comentários para desbloquearem opróximo capítulo (emojis não valem, nem números, pontos ou comentários repetidos, também não se esqueça de votar no capítulo)

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

+20 comentários para desbloquearem o
próximo capítulo (emojis não valem, nem números, pontos ou comentários repetidos, também não se esqueça de votar no capítulo)

Não faz nem dois meses que eu dizia: "namorar nunca mais", "me envolver com uma menina, nunca mais", "quero ficar solteiro o resto da faculdade inteira", "namoro é distração" e "namoro prende muito a pessoa" e lá estava eu, não namorando ainda, mas endoidando porque não faço a mínima ideia de que qual local eu devo levar Bárbara para um encontro – ela deixou bem claro que eu devia um encontro para ela, e eu realmente devia um.

Como diabos alguém que é tão averso a namoro, ou qualquer tipo de distração, parece tão desesperado e necessitado de uma certa distração? – Bárbara é uma enorme distração. Bárbara me distrai tanto, que depois que a gente passou um bom tempo se beijando – melhor dia da minha vida – a primeira coisa que eu fiz quando cheguei em casa, foi curtir todas as fotos dela e comentar em todas as fotos, por dois motivos: em expressões de Bárbara, eu estava ficando cadelinha por ela e também para os outros – especialmente Frak Sans – ficarem cientes de que eu a quero.

Só que há um problema nisso tudo, eu quero muito Bárbara, mas ela é uma enorme distração, e na fase de hóquei que eu estou, eu não preciso de distração. Então minha mente começa a dar vários nós em mim, por um lado eu penso: "não quero distrações, Bárbara é distração, logo não quero Bárbara" e o outro grita: "não me importo com a distração, tudo vale a pena se for para eu ficar com Bárbara, foda se o resto".

Zero sentido. Essa situação toda faz zero sentido para mim, e isso me assustava bastante. Eu me candidatei como capitão do time de hóquei por um motivo, eu amo estar no controle, e naquele exato momento, aquela situação parecia estar totalmente fora do meu controle, e essa sensação é assustadora, mais assustador ainda é não saber o que pode vir a acontecer, eu estava entrando em um pânico silencioso e alarmante. Minhas mãos suavam e tremiam demais, o que diabos estava acontecendo com meu corpo?

— Para porra! – gritei com minha mão, mas eu não conseguia parar o meu nervosismo. O suor começava a pingar na minha vestimenta, puta merda, eu nunca estive com tanto medo. — Que porra é essa... – a minha respiração estava começando a ficar difícil e pesada, e a tremedeira não parava nenhum segundo, eu tentei me levantar, mas não adiantou de nada, eu não consegui me manter de pé. E eu não consegui chamar por ninguém, eu estava entrando em pânico, e nada naquele momento parecia me acalmar. Sabe aqueles momentos que você vê sua vida toda num flash? Tão rápido e tão doloroso.

Era isso que estava acontecendo. Eu estava vendo duas possibilidades da minha vida, e todas pareciam extremamente sufocantes. A primeira, eu estava no time de hóquei que meu pai jogou, Bruins, mas apenas minha família e meus amigos estavam me assistindo, não tinha nenhuma Bárbara na arquibancada, e eu acho isso inadmissível, gosto quando Bárbara me assiste jogar e quero que ela vá a todos meus jogos. Na outra, eu tinha Bárbara e uma família enorme, mas não parecia nada feliz, afinal, eu estava sem o hóquei, e eu também não posso viver sem hóquei. Duas opções totalmente assustadora. Cada vez ficava mais difícil de respirar.

AcordoOnde histórias criam vida. Descubra agora