Capítulo 13 - Seika, você está bem?

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Depois de algumas semanas que Jeon ficou sem dar sinal de vida, Seika já havia baixado a guarda e voltado para a sua rotina. Ela retornou à faculdade e ao seu trabalho de meio expediente na cafeteria próxima à livraria, onde Mingi trabalhava. Ele fazia questão de acompanhá-la aonde quer que fosse. Ela iniciava seu expediente uma hora antes do que ele, mesmo assim, Mingi a levava para o trabalho e ficava por lá até começar o expediente dele. Conversou com o seu gerente sobre a situação e entrou num acordo com ele. Mingi abriu mão do seu intervalo para que pudesse sair do trabalho no mesmo horário que a Seika, e mudou duas folgas para se combinar com as dela, para continuar a acompanhando todos os dias.

A noite estava chuvosa e como de costume, Mingi a esperava na entrada da cafeteria. Segurando um guarda chuva vermelho, ele sorri ao vê -la.
- Seika! - Diz ao acenar pra ela.
- Teimoso, eu disse que poderia ir pra casa, não foi?
- Quer mesmo que eu não te acompanhe mais? Não quer mais estar comigo?
- Não é isso, é que eu acho que não precisa ser mais o meu segurança particular.
- Como não? As ruas têm ficado perigosas ultimamente, não assiste aos noticiários?
- Sei que tem tido uma onda de assaltos, mas não precisa ficar tão paranóico.
- Em relação à você eu fico sim, quero que esteja sempre segura. Vamos? - Ele oferece seu braço para que ela o segurasse.
- Está bem. - Diz ao obedecer.

Os dois caminham, conversando sobre o dia de ambos. Pegam o ônibus, minutos depois descem no ponto próximo a casa de Seika. Como já tinha parado de chover, não precisou que Mingi abrisse o guarda-chuva novamente. Ao chegarem no portão, Mingi diz.
- Pronto, está entregue. Amanhã me espere na saída da faculdade, Karen vai com você? Porque eu posso vir aqui e irmos juntos.
- Não precisa, eu vou com ela.
- Está bem, então até amanhã, te encontro no final das aulas.
- Mingi... Não quero que continue fazendo isso.
- Por quê?
- Por que não é mais necessário, como eu disse, não preciso que seja o meu segurança.
- Mas...

Ela o interrompe pondo a mão na boca dele e diz ao se aproximar.
- Eu preciso que você seja apenas o meu namorado.
- Então você aceita o meu pedido de namoro?
- Sim, eu aceito!

Mingi fica tão feliz que ao abraçá-la, a levanta bem alto, comemorando. Ele a desce e segurando seu rosto com as duas mãos, a beija com um longo beijo apaixonado.
- Sou o cara mais sortudo do mundo, Seika me aceitou!
- Me beije de novo, estou com tanta saudade dessa boca!

Os dois se beijam novamente, distraídos, eles não percebem que estavam sendo observados.

O tempo se passou e o namoro deles se fortalecia. Seika estava feliz, Mingi em cada gesto tem a conquistado ainda mais. Sempre que possível, eles passeam pela cidade e fazem trilhas nas áreas mais montanhosas. Em comemoração aos seis meses de namoro, planejaram acampar juntos. Seika estava ansiosa, nunca tinha feito isso, devido ao medo de estar em meio à natureza. De tanto assistir filmes de terror, onde sempre havia pessoas sendo atacadas em acampamentos, Seika desenvolveu uma certa fobia. Sabendo disso, Mingi ficou determinado em ajudá-la a se livrar do seu medo.

O fim de semana chegou e antes que Mingi chegasse na sua casa para buscá-la, Seika corre para abrir a porta, acreditando que o namorado havia chegado. Mas ao abrir a porta, Seika fica pálida. Depois de tanto tempo, finalmente Jeon apareceu.
- E a gatinha, sentiu a minha falta?

Antes que Seika reagisse, Jeon entra e a domina. Mesmo lutando contra ele, ela não tem força bastante para fugir da sua imobilização.
- Fica quietinha, só quero conversar com você. - Diz próximo ao seu ouvido e cheirando seus cabelos. - Sei que está sozinha em casa, então não adianta gritar.
- Me solta!
- Falei pra ficar quieta! - Jeon tampa sua boca com a mão e a arrasta até o seu quarto.

Ele a joga no chão e fecha a porta. Seika tenta se levantar para se defender, mas cai de volta ao vê-lo sacar uma arma.
- Fica quieta caralho!
- Jeon, pelo o amor de Deus, o que está fazendo?
- Só quero que me escute, só isso! Você sabe o que fez comigo, não sabe?
- Eu não devia ter enviado aquilo pra você, me perdoe... Mas eu estava com raiva.
- Ah, você se arrepende de ter me enviado a porra do vídeo, mas não de te ter ficado com aquele cara né? Claro que não, está dando pra ele que nem uma puta!

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