Hey, emo boy.

•12•

Jisung aumentou o volume da música em seus ouvidos, tentando bloquear o barulho externo que vinha das pessoas entrando e saindo da cafeteria Yang.
Sentado na única mesa da janela que restou, terminava de organizar seus trabalhos da faculdade e escrevia algumas anotações do que teria que fazer mais tarde.
O Sol entrava pela janela, causando uma atmosfera confortável no cantinho de Jisung.

— Você veio mais cedo. -Jeongin se aproximou, sorrindo, passando a mão em frente aos olhos do amigo.

— Hm? O que disse? -Jisung olhou para o mais novo, tirando os fones de ouvido.

— Você veio mais cedo, os meninos só vêm mais tarde. -Jeongin falou, sentando no banco acolchoado de frente ao Han.

— Eu tive que sair mais cedo, estava com muita dor de cabeça. -Jisung falou, sorrindo.

— Está tudo bem? Você parecia meio... distante, hoje no intervalo. -Jeongin perguntou, apoiando o rosto sobre as mãos, com seus cotovelos dando apoio, encima da mesa.

— Estou bem, Innie, só ando preocupado demais, você sabe, Minho está sumido, não fala comigo desde ontem e não sei se fiz algo errado. -Jisung suspirou, passando as mãos pelo rosto.

— Ele não veio trabalhar nem ontem, nem hoje, e acho que não virá amanhã também, já que ele está de atestado, ele disse que estava na casa dos pais ontem, mas acho que mentiu. -Jeongin suspirou, olhando pela janela, observando as pessoas na rua.

— Eu encontrei com ele ontem, tive que comprar remédios e ele me encontrou na farmácia. -Jisung disse.

— Ele estava bem? -Jeongin olhou para o Han.

— Ele parecia bem, estava fazendo compras normais, como shampoo e condicionador, mas fingiu que não me conhecia, fiquei tão envergonhado, ele fez o atendente me tirar da farmácia. -Jisung suspirou, lembrando do acontecido.

— Eu não sei o que está acontecendo, ele sumiu do nada... -Jeongin suspirou, olhando para o amigo.

— Eu também queria saber, nós estavamos bem, sabe? Ou talvez só eu pensasse assim... -Jisung olhava pela janela.

— Você era o único que ele procurava, Ji, pode acreditar, ele não sumiria da sua vida sem motivo. -Jeongin explicou. — Mudando o assunto, você vai me ajudar com a festa do pijama, né?

— Claro! Os meninos aceitaram? -Jisung olhou para o Yang, animado.

— Sim! Seungmin não deve demorar a chegar, disse que iria conosco comprar as coisas. -Jeongin sorriu.

— Vai ser divertido, faz tempo que não ficamos todos juntos. -Jisung sorriu.

— Você tem razão, estava pensando em fazer pipoca e assistirmos filme de terror. -Jeongin comentou.

— É uma boa ideia, podemos comprar doces também. -Jisung falou.

— Uma cerveja não cairia mal... Estou precisando. -Jeongin dramatizou, colocando a mão no coração.

— Você ainda é criança, Jeongin! -Jisung cruzou os braços.

— Supera isso, Sung, eu já tenho vinte e três anos. -Jeongin riu.

— Isso é inaceitável, você é meu filho. -Jisung dramatizou, segurando as mãos do mais novo.

— Sim, sim, você deve ter esquecido de tomar seus remédios hoje pela manhã. -Jeongin riu.

Logo, Seungmin entrou pela porta do estabelecimento, indo até os dois amigos que estavam sentados no canto da loja.

— Vocês são dois idiotas, olhando de longe, parecem um casal de idosas. -Seungmin se aproximou, sentando ao lado de Jeongin.