✷ ◞ 21. república das imperatrizes.

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MARINA, 2009

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MARINA, 2009.

Meus olhos encararam a imensidão branca e conforme eu piscava e me acostumava com a vista, tive certeza de que um teto. Ainda confusa, ergui os braços para cima e visualizei algumas pulseiras no meu pulso, eram de couro preto com pontas prateadas em volta.

Mas que merda?

Me sentei de uma só vez sobre o que parecia ser uma cama. O cômodo em que eu estava era definitivamente um quarto, haviam várias camas e beliches, decorações e roupas de todos os tipos possíveis. Meus olhos desceram para Anita deitada sobre uma das camas. A garota de cabelos cacheados gritou e se levantou em um pulo.

— De novo?!

Apertei os olhos e bufei. Anita ainda era nova demais para uma mulher de trinta e um anos, e isso significava que eu também era nova.

— Que ano é esse? — Olhei para ela.

Os cachos de Anita pareciam um pouco mais claros do que eu costumava me lembrar, e no seu septo tinha um piercing dourado.

— Não acho que temos quinze anos — murmurei, olhando em volta do quarto. Haviam algumas garotas dormindo.

— É 2009! — Anita gritou.

Eu arregalei os olhos e corri em direção ao calendário no armário. 2009, que droga! Meus olhos desviaram para o espelho e encarei a roupa que eu usava, o shorts jeans escuro tinha rasgos e correntes e a camiseta de banda de rock era o dobro do meu tamanho. Subi as mãos aos peitos e olhei para Anita assustada.

— Tô sem sutiã — Falei, tremendo pelo frio que estava o quarto.

Voltei até a cama em que acordei e vasculhei as roupas jogadas sobre ela. A única peça que não era preta ou tinha algo sobre rock era um moletom universitário cor vinho, o vesti na mesma hora e li a palavra bordada no tecido.

Direito.

— Marina, onde é que a gente tá? — Anita perguntou. Tenho certeza que a morena estava hiperventilando naquele momento. — Não é Imperatriz?

Peguei o jornal sobre o criado mudo. A matéria dizia "Diário de Cafezinhos".

— Cafezinhos? Onde é isso? — Perguntei, incrédula.

— O Floguinho só pode tá de brincadeira com a gente! — Anita olhou em volta do quarto todo, a expressão em seu rosto era de pura descrença e confusão.

— A gente tem que ir embora dessa timeline, Anita. Olha pra mim! Eu virei emo! — Gritei, tremendo de tanta irritação.

Ergui minhas mãos na direção de Anita e ela fez uma careta, o esmalte preto estava descascando da minha unha a provavelmente, dias.

— Gente, mas não tem computador nessa casa?!

— Eu ainda vou matar esse Floguinho! — Grunhi de raiva, chutando um amontoado de roupas jogadas no chão do quarto.

𝗜𝗗𝗜𝗢𝗧𝗔  ౨ৎ  de volta aos 15. hiatusOnde histórias criam vida. Descubra agora