✷ ◞ 25. festa na república das imperatrizes.

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MARINA, 2009

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MARINA, 2009.

A República das Imperatrizes estava lotada, havia tantas pessoas que era difícil de andar. O som alto ecoava por todos os cômodos da casa e todos pulavam e curtiam a nossa festa. Anita e eu tínhamos o nosso primeiro alvo. Por causa do mural que a cacheada criou, descobrimos que Whisky tinha uma letra bem parecida com a do bilhete que Anita encontrou.

Sem contar que Whisky havia comentado a morte de Steve Jobs, pessoa essa que deveria morrer em 2011!

— O que você sabe sobre o Whisky, Joel? — perguntei ao me aproximar do garoto.

Anita estava ao meu lado, ela segurava um copo vermelho com bebida enquanto eu estava com uma garrafa de vidro. Tenho que confessar que senti falta de álcool.

— Só sei que ele passou em primeiro no vestibular de Economia em cinco universidades diferentes — contou Joel, bebericando sua cerveja.

— Viajando no tempo, até eu — Anita desdenhou alto demais.

Dei um empurrãozinho em sua barriga e Joel nos olhou com a sobrancelha erguida.

— Não é nada — Sorri para ele.

— Vou dar uma vigiada no Whisky — Anita cochichou na minha direção. Ergui o polegar para a cacheada e observei ela se afastar, levando Joel consigo.

Encostei na parede atrás de mim e virei o líquido gelado da garrafa na minha boca, sem que eu percebesse, meus olhos buscaram por Fabrício. Eu não tinha o visto desde que voltamos para a nossa república, mas Anita comentou que ele estava com Filipa perto do mural.

É bom saber que ele superou tudo o que aconteceu tão rápido e já está dando em cima de garotas bonitas como a Filipa.

Apertei os olhos e soltei uma lufada de ar. Quem eu quero enganar?

— Sinto a falta dele... — murmurei, bebendo outro gole.

— Ruivinha!

Antes de me dar conta, os braços envolveram meu pescoço por trás e senti o peso sobre minhas costas. Inclinei a cabeça com uma careta de irritação e me deparei com o rosto de Fabrício colado ao meu.

— A gente mal se falou hoje. Fabrício acusou, sua voz tinha um tom brincalhão.

— Deve ser porque você roubou a nossa cerveja, né? — respondi, brava.

Fabrício se afastou, mas seu braço ainda estava apoiado no meu ombro.

— Isso são águas passadas, águas que eu já bebi inclusive — Fabrício piscou, seus olhos desceram por mim descaradamente e eu cruzei os braços, erguendo uma sobrancelha.

— O que foi?

— Você tá mó gata.

Joguei a cabeça para o lado e dei risada. Repreendi meu coração para ele não disparar por Fabrício, não mais. Eu tinha que superar seja lá o que aconteceu entre nós, assim como ele demonstrava ter superado. Mas em momentos como esse, com ele me olhando do jeito que me olhou na boate em São Paulo, quando nos beijamos pela primeira vez, eu me pergunto se Fabrício ainda sente algo por mim.

𝗜𝗗𝗜𝗢𝗧𝗔  ౨ৎ  de volta aos 15. hiatusOnde histórias criam vida. Descubra agora