5

1K 183 102
                                    

RIO DE JANEIRO📍

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

RIO DE JANEIRO📍

Bora meter o pé? — ouvi o Pig chamar e continuei encarando o mar

— Ainda.

Senti alguém sentar do meu lado e abraçar meus ombros. Deitei minha cabeça no ombro do Beltrão, continuando a olhar as ondas.

— Eu não sei como vai ser minha vida agora e talvez isso me assuste um pouco. — confessei baixinho.

— Tudo bem se assustar, é uma mudança e tanto.— ele respondeu no mesmo tom.

— Eu tô assustada pra caralho. Eu sempre trabalhei pra viver, larguei a faculdade pra cuidar do vô, e de repente eu não preciso mais acordar cedo, ficar o dia inteiro em pé ouvindo murmurações, e tudo que eu tenho que fazer é fingir um romance? — ri sem humor. — Mas até aí, tá de boa. A questão, é que eu não sei viver sem ele. Eu não sei como viver sem ele por perto.

— Pô, pensa que é o melhor pra ele, tá ligada? Que ele esta em boas mãos e sendo bem tratado.

Eu sei de tudo isso. Então por que dói tanto? Por que parece que eu mandei ele pra morrer longe de mim?

— Tenta focar em outras coisas, Ana. Eu sei que não é fácil desviar os pensamentos assim, mas procura fazer coisas que te distraiam. Quer ir lá pra casa? — Guilherme me encarou sorrindo.

— Não, Belt, mas obrigada. Preciso do meu tempo sozinha. — sorri fraco. — Amo você.

— Te amo pra caralho. — ele deixou um beijo na minha cabeça e eu funguei.

Nós nos levantamos e seguimos até onde o pessoal estava, obviamente nos encarando.

— Tudo bem? — Chico perguntou, passando a mão no meu cabelo e me abraçando pelos ombros.

— Uhum. — resmunguei, abraçando sua cintura e ele deixou um beijo na minha testa.— Você me deixa em casa? — fiz manha e ele sorriu.

Eu devia ganhar um Oscar, ou ser contratada pela globo. Ou ser contratada pela globo e ganhar um Oscar.

— Deixo, princesa.

— Se esses dois não começarem a namorar, eu mudo meu nome. — Pig resmungou pegando o cooler e eu ri.

Assim não vale, ele sabe do contrato.

— Eu tô muito chocado com tudo isso. — Allan disse, rindo baixo.

— Chocado com o que? A gente só tá ficando, não é nada demais. — dei os ombros e o Moedas me encarou.

— Oi? — observei ele lubrificar os lábios, cruzando os braços.

— O que? Não vem com essa, mano. Já te falei, se você quer exclusividade, me pede em namoro e eu penso se aceito. Caso contrário, vou vivendo minha vida solteira normalmente. Comigo não tem essa porra de ficar sério. Ou é ou não é. — dei os ombros e dei dois tapinhas no peito dele, indo andando até a orla. — Não esquece da minha bolsa, Francisco.

Pretexto | Chico MoedasOnde histórias criam vida. Descubra agora