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RIO DE JANEIRO📍

Ouvi a voz da Tiana cantando mais um pagode e caminhei até o banheiro, ouvindo sua voz cada vez mais alta.

Opa, posso participar do showzinho? — perguntei sorrindo de lado ao abrir a porta.

Infelizmente pra mim e felizmente pra ela, o vidro do box estava todo embaçado. Franzi o cenho com o fumaceiro da água quente.

EI? Sai fora, Francisco. — Ana falou alto e eu ri.

Eu tô com fome pô, cê não vai sair daí não? Que banho demorado é esse? Vai me dar prejuízo na água pô. — me escorei na batente da porta e ela desligou o chuveiro.

Tiana abriu minimamente o box e colocou a cabeça pra fora, me encarando.

— Vem cá, você tá me pagando pra ser sua esposa, não cozinheira, seu mané.

Soltei uma risada. Chega a ser engraçado, tudo que ela diz pra mim, ou tem que me xingar, me humilhar, ou me ameaçar.

Encarei seu rosto molhado e fiz um biquinho. Será que eu consigo ver mais do que isso?

— Tu parece uma baixinha raivosa, papo reto. Um pincher. — prendi o riso e vi sua respiração aumentar.

— Eu pareço o que? — Tiana perguntou puta.

— Um pincher. E eu acho que não foi vacinado não hein. — cocei o nariz prendendo a risada.

Ana abriu a porta do box e voou em cima de mim Gargalhei segurando sua cintura molhada, seu cabelo de soltou do coque e caiu nas suas costas. Segurei seus pulsos com minhas mãos e os coloquei na suas costas. Tiana me encarou puta, enquanto eu sorria.

Encarei seu rosto e parei o olhar na sua boca desenhadinha. Com uma mão, segurei seus dois pulsos e com a outra, tirei uma mecha de cabelo que caia sobre seu rosto, colocando atrás da orelha.

Seus olhos escuros me encaravam e sua pele mesmo molhada, estava me causando um calor surreal. Como se fosse automático, minha mão entrou pelo seu cabelo, dando uma puxada leve. Ana entre-abriu a boca e eu aproximei nossos rostos mais ainda. Sua respiração bateu contra a minha e nossos narizes se encostaram.

Eu já não estava mais controlando meus movimentos, mas eu precisava que ela me parasse, que me impedisse de fazer o que eu estava prestes a fazer. Eu esperei o "não faz isso, ou eu vou te matar" ou qualquer ameaça do tipo dela, mas não veio. Ao invés disso, ela ficou na pontinha dos pés, nossas bocas roçaram.

Pretexto | Chico MoedasOnde histórias criam vida. Descubra agora