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Boa leitura!

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SÃO PAULO📍

O Chico e eu chegamos de viagem hoje de tardinha. Íamos voltar pro Rio amanhã de tarde. Eu estava deitada de bruços na cama, assistindo a live do Casemiro no celular.

Francisco se jogou na cama assim que saiu do banheiro. O encarei por cima do ombro quando ele deitou com a cabeça na minha bunda, coberta por mais um dos meus pijamas de personagem.

— Hoje não tem react de casa não pô. O Chico tá na lua de mel dele. "Pra onde o Chico foi?" Porra, eles foram lá pra Natal. — ouvi o Cazé falar, lendo as perguntas do chat e o celular do Moedas tocando chamou minha atenção.

— Fala, Belt. — ele atendeu.

Irmão, aconteceu um bagulho. Me diz que cê não tá perto da Tiana. — a voz do Beltrão saiu séria e eu desliguei meu celular pra escutar.

— Tô. — ele se sentou na cama, me encarando receoso.

Porra. — ouvi o guilherme fungar e me sentei na cama lentamente. — Irmãzinha...e-eu...eu tô aqui no San Gennaro senti minha respiração ficar presa, enquanto encarava o celular na mão do Moedas, já esperando o pior que estava por vir. — com o vô.

Abri a boca soltando o ar, sentindo tudo girar ao meu redor. Ouvi o Chico falar alguma coisa, mas não entendi nenhuma palavra que saiu pela sua boca. Senti suas mãos segurarem meu rosto, uma em cada lado.

— Princesa, ei. — Moedas me chamou e eu pisquei algumas vezes, encarando seu rosto. Seus olhos estavam arregalados e sua testa franzida. — Tudo bem. A gente vai ir lá. Ei, olha pra mim, nega. — ele enxugou uma lágrima que desceu pelo meu rosto. — Tudo bem.

— Ta. — sussurrei chorosa.

Ele assentiu com a cabeça e me soltou. Eu troquei de roupa rápido, enquanto ele pedia um uber e com o trânsito de São Paulo foi uma luta chegar até o hospital, mas o caminho todo o Chico veio segurando a minha mão enquanto fazia um carinho.

— Guilherme, cadê ele? O que houve? — perguntei correndo até ele na sala de espera.

Assim que me viu, ele e a Luiza levantaram da cadeira e vieram até mim. O rosto vermelho de choro do Beltrão e assustado da noiva fizeram meu coração parar. Ele abriu a boca umas três vezes, mas nada saiu.

— Ele-ele teve um AVC. O médico falou que é muito comum em pacientes com Alzheimer. — Luiza me explicou.

— Cadê ele? Cadê o meu avô? — perguntei chorando e ela engoliu em seco. — Luiza, por favor. — implorei, sentindo o Chico abraçar meu corpo. — Luiza, cadê o meu avô?

— Ei. — Beltrão fungou segurando meu rosto entre as mãos, enquanto as lágrimas desciam pelo seu rosto.

— Guilherme. — implorei chorando. — Cadê o meu pai? — segurei sua camisa com força e ele encarou o Moedas, antes de me olhar novamente.

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⏰ Última atualização: 6 hours ago ⏰

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