Cap. X - Esmeraldas.

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Maven

Durham era tão magnífica quanto diziam os rumores.

A cidade imperial era composta por construções de pedras maciças cinzas esbranquiçadas, de produção própria, deixando o lugar simplesmente esplêndido e ao mesmo tempo, acolhedor. Um diferencial importante, para a questão turística que era um marco importante para o Império em questão.

Os campos verdes com as plantações se estendiam por quilômetros, deixando claro o porquê do lugar receber o título de Quarto Império mais rico do mundo. Por conta das leis impostas pelo Imperador, todas as pessoas tinham direito a um lar, dando a oportunidade principalmente para os plebeus de mostrarem seu valor no mercado. Por conta disso, a taxa de criminalidade era baixíssima por quase todo o Império.

Mas talvez a verdadeira beleza de Durham ainda fosse o Palácio Imperial, onde as torres dele se estendiam com alturas impressionantes, com telhados pontiagudos e ameias adornadas. As paredes de pedra cinza-claro são cravejadas de vitrais coloridos, que brilham como jóias sob a luz do sol. Uma grande ponte levadiça conduz à entrada principal, protegida por portões de ferro forjado, que na maior parte do tempo permanecem abertos. E toda essa estrutura é rodeada por imensos jardins e fontes de mármores. Sendo o Palácio do Príncipe Herdeiro, o mais incrível já que possui um enorme labirinto vivo, com uma linda estátua de uma fênix renascida no meio dele. O único dos anexos separados, por conta da promiscuidade do príncipe. O Palácio Imperial ainda tinha o vislumbre do enorme rio Archeon, deixando a vista de tirar o fôlego. Mas conforme o tempo passa, até com o extraordinário você se acostuma.

Depois que tia Lucinda e eu chegamos, começamos a tratar da Imperatriz e foi assim até que a criança nasceu, desde então 6 meses haviam se passado. Porém a criança nasceu com um problema no coração, ele batia tão fraco que não bombeava sangue o suficiente para todo o corpo, eu tive que agir como um intermediário, enquanto esperei tia Lucinda achar uma solução para o problema em questão. Isso levou quase dois anos. Por questão de confidencialidade, ninguém poderia relatar nada sobre a saúde nem da criança, nem da Imperatriz, por conta disso cartas, saídas e entradas de pessoas foi estritamente proibido naquele período. Desde a recuperação da princesa de Durham, hoje com quase três anos, tia Lucinda e eu resolvemos ficar para monitorar por mais alguns meses, e isso levou quase três anos longe de Arkham. Longe de Lilith.

Realmente não sabia o que esperar com a minha volta, não podia negar que algo parecia se agitar dentro de mim, se revirar, se contorcer, eu havia deixado ela, a deixado sem notícias, sabia que ela estaria furiosa, com raiva, mas eu realmente sentia saudade até mesmo do mau humor dela. Não fazia ideia do que havia se passado nesses quase três anos que fiquei longe, se Eron e ela haviam se envolvido de alguma forma, apesar do garoto já ter alcançado a maioria naquelas alturas, Lilith ainda estava prestes a fazer os 18, se tinha ficado mais sério ou se apenas a amizade se manteve.

Fechando os olhos por alguns instantes, enquanto a carruagem seguia caminho pela estrada, pude imaginá-la na clareira correndo ao redor do lago com os cabelos dourados voando, o sorriso no rosto e o brilho naqueles olhos violetas, um sorriso se abriu em meus rosto, virando uma leve careta em seguida ao perceber quem corria ao lado dela. Gostava de Eron, apesar dos maus entendidos no começo, havíamos cultivado uma amizade com o passar do tempo, sempre acabávamos nos unimos contra a princesa quando ambos batalhavam, apesar dela sempre ganhar, gostávamos de ver aquele sorriso triunfante e orgulhoso no rosto dela, não que Eron de fato, tenha chegado perto de ganhar alguma vez. Será que passados três anos ele finalmente tinha conseguido? Será que a amizade deles tinha virado algo a mais? E por qual razão pensar naquilo parecia... machucar?

Deixando um longo suspiro escapar, pude sentir o olhar da tia Lucinda sobre mim. Ao abri-los, um sorriso no rosto dela me fez arquear a sobrancelha.

- Pensando em alguém específico, meu caro sobrinho? - Ironia pura, era isso que a voz dela detonava.

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