O vento passando entre mim
Gotas de água caindo ao meu redor
Eram lágrimas de dor.
A tinta da caneta acabou, mas nenhum pedaço do livro faltou, o livro foi fechado.
Pássaros voando ao meu redor
Aliviando toda a minha dor de ter que sair daquelas paredes mal assombradas
das quais eu estava tão afeiçoado.
Na vida somos todos cacos de vidros estilhaçados e incompletos que buscamos sermos completos a todo custo.
Cacos de vidros voando entorno ao ar
Meus estilhaços estavam em um furacão
Machucando qualquer mão que tentasse os pegar.
Eu sou apenas um pedaço de papel
Uma poesia inacabada
Uma poesia da qual a tinta esteja esgotada
Procurando por mais e mais.
Eu sou um filme retrô, sem cor
Eu sou os fragmentos dos cacos de vidros
Eu sou a poeira cósmica que habita no espaço
Eu estive fora por muito tempo
Eu acho que está na hora de voltar para casa.
O Livro está fechado
Não existem lagrimas a serem derramadas
O poeta está curado
A Grande Guerra foi finalizada
A Batalha final foi desmoronada
Entre pedras, ruínas, poeiras e cacos de vidros
Eu sou a Caneta.
O Livro está fechado
O Poeta está curado
Não existem conflitos a serem vencidos
Não existem vilões a serem combatidos
Não existem finais em abertos para serem concretizados, está tudo finalizado.
Eu estive longe de casa por muito tempo
Está na hora de voltar.
Somos todos cacos de vidros incompletos e imperfeitos, buscando pela perfeição e pela compreensão, como o homem doente terminal
Buscando por uma cura impossível.
No meio de uma guerra
Eu fui o poeta que usou o próprio sangue para escrever um poema.
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Atlântida: A Cidade Perdida.
PoetryUm mosaico de minhas poesias O poeta acredita que uma vez a arte é criada jamais pode ser apagada de sua natural existência Mas elas sempre andarão conosco Podemos não estar mais naquele período de nossas vidas, mas elas sempre estarão conosco Pois...