Carmim (Faixa 2 'Atlântida')

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Azul-escuro cor do céu
Logo antes de uma grande tempestade.
Como eu poderia me esquecer
De tudo aquilo que aconteceu?
Se eu ainda me lembro de quando a gente se conheceu!
E de como o sangue nas minhas veias correu tão forte
Que minha pele ficou vermelha
Um vermelho carmim
Difícil de sair de mim.
Quando eu quebrei o silêncio
Foi quando você pintou minhas noites azuis
E deixou minha pele carmim.
Com todo aquele sangue se espalhando sobre mim
E de como foi difícil eu deixar você sair,
De como minha vida foi do inverno
Para o verão, mas, era verão apenas quando eu segurava sua mão.
Como eu poderia superar
Esse tom vermelho difícil de esquecer?
Como eu poderia me esquecer
De como você deu vida para a minha lareira
De como você me esquentou?
Em meio a cobertores.
Seu abraço protetor
Era tudo o que eu poderia pedir.
Me lembro de como o céu se tornou vermelho
Abandonando o tom de alcaçuz,
de como minhas manhãs de inverno
Se tornaram quentes,
Com seu cheiro ardente e com suas mãos em volta da minha cintura
E de como tudo ganhou cor depois que você chegou.

Como eu poderia deixar isso passar?
Como eu poderia te esquecer?
Se toda vez que eu passo pelo corredor
Você me olha e me traz de volta o Carmim!
Aquela cor ainda arde em mim,
A cor que um dia já teve poder sobre mim,
A cor que percorria minhas bochechas,
E agora eu me acordo sem seus abraços.
Minhas manhãs são frias e
Completamente vazias.
Você se lembra de quando eu quebrei o silêncio?
E peguei na sua mão.
Você se lembra de quando eu quebrei o silêncio,
coloquei minha mão sobre seu pescoço?
E eu pude ver
O vermelho carmim percorrendo você.

Atlântida: A Cidade Perdida.Onde histórias criam vida. Descubra agora