O chão nunca esteve tão gelado
Agora estou desmoronando, lidando com minha única companhia de mau-grado.
Neste momento estou revoltado por não conseguir me manter anestesiado, esquentado, nesta casa assombrada, com um chão tão gelado.
Estou morrendo sem palpitação
O gelo está congelando meu coração
Pobre coração.
A neve nunca caiu em uma hora tão errada!
Imaturidade insensata, você deveria ter ficado de boca fechada,
Inteligente, perspicaz, se eu pudesse voltar era você que deveria ter ficado lá, no altar, no meu lugar.
Perambulando na alta madrugada
Não me faça retornar para casa.
Perdendo a noção do tempo, me perguntando a razão, procurando um motivo pelo qual nossos sonhos terem acabado no chão.
Por que nossos sonhos foram planejados em vão?
O enterro dos nossos sonhos
O enterro dos nossos mais delicados e profundos sonhos orquestrados pela nossa dança de almas,
Refletida nas televisões apenas por uma noite, não perca o sinal, a imagem é indecisa, a imagem pode se tornar estática à qualquer momento.
Quando isso deixou de ser uma corrida agradável
Para se tornar uma competição sanguinária?
Uma cidade em meio a um tornado, uma cidade em meio a um tiroteio.
Eu estou revoltado porque eu amava o calor que saia da sua mão
Eu amava nossas paredes assombradas e geladas.
Eu amava nossos assuntos assombrados por histórias de piratas.
Assuntos que morreram gritando na calada da madrugada, maturidade devia ter sido desprezada, eu deveria ter gritado mais.
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Atlântida: A Cidade Perdida.
PoetryUm mosaico de minhas poesias O poeta acredita que uma vez a arte é criada jamais pode ser apagada de sua natural existência Mas elas sempre andarão conosco Podemos não estar mais naquele período de nossas vidas, mas elas sempre estarão conosco Pois...