Atlântida: A Cidade Perdida.

Sol & Lua (Faixa 7 'Atlântida')

Coisas novas me assustam
Deve ser por isso que permaneço no meu sótão
Me escondendo dos monstros
Que coloquei no meu porão.
Eu sempre odiei mudar
principalmente quando isso minha vida fosse mudar.
Eu amo e odeio a mudança.
Às vezes eu grito para lua, para ela me iluminar,
Já que sempre que implorei pelo sol ele se escondeu.
Eu sempre tive medo de estar no escuro,
Mas eu sempre odiei a claridade aquecida do sol.
Eu sempre tive problemas em me desapegar
Eu sempre tive medo de lidar com a dor da partida
Eu realmente odiei ter que mudar
Apenas para que uma chama na brasa eu possa ganhar.
Eu já gritei para a lua para que ela possa me libertar
Para que ela possa me abraçar e me proteger nos seus caminhos certos e gelados.
Existem coisas que eu guardo para mim
Em um baú antigo e escondido
Do qual ninguém jamais possa cogitar a ideia de abrir.
Existem coisas sobre mim que me atormentam e que me fazem acreditar que eu deveria me tornar um monstro apenas para que todos os meus arrependimentos eu pudesse apagar.
Existem tantas questões que eu gostaria de abordar
Existem tanto momentos que eu gostaria de ter
Gritado para que o sol fosse se esconder
Eu odeio ter que me segurar toda a vez que minha raiva é liberta
Eu odeio ter que me conter e eu odeio que é isso que um filho do sol iria dizer.

Vozes gritam em minha cabeça
Me obrigando sair para a luz do sol,
Mas eu rejeito, eu preferiria morrer do que encarar a verdade estampada na minha face recém-acordada.
Eu grito para a lua para que ela possa me defender
Dos raios de sol que tentam me prender
Um filho rebelde jamais será esquecido por um pai
A procura de seu primogênito.
Eu suplico para a lua para ela me abrigar, mas ela nunca vai me escutar
Eu rodo palhas até elas virarem ouro
Apenas para que eu possa negociar uma forma da Lua me aceitar
E talvez você deva estar se perguntando o motivo de eu querer fugir da minha glória e ascensão,
Mas eu nunca gostei desse tipo de missão
Que pudesse mudar toda a minha vida.
Eu detesto me aquecer, principalmente quando não é ele que me faz abafar e ofegar.
O sol não me ama, ele só quer me usar para seus planos de destruição.
Ele não me quer para me amar
Ele me quer para me usar
Por isso eu grito para a lua para que ela possa permitir que com o meu garoto outono eu possa fugir.

Trevas tentam me atingir, elas tentam me perseguir
Até me extinguir
Trevas e Calor nunca estiveram tão próximas como hoje.
Então eu grito para a lua para ela não me deixar corromper e pela primeira vez eu posso perceber
Que ela escutou o meu chamado
Ela me protege com uma camada de eclipse solar
Trevas e escuridão acharam que eu deveria à eles me juntar apenas por eu gostar de no escuro ficar,
Mas eu jamais vou aceitar a corrupção me tomar.
Eu quero apenas a lua para me iluminar
Eu quero a ela me juntar
Então eu imploro, eu abdico do meu lugar no trono solar apenas com que você eu possa ficar.
Doce lua, meu doce luar
Eu e meu garoto vamos sempre te honrar
Eu juro que ao sol eu nunca vou me juntar.
O que vem de chamas e calor jamais poderia ser confundido com a luz.
A lua atende o meu chamado e me chama para jurar que da sua luz eu nunca irei largar e eu aceito com honra e certeza.
Agora eu sou parte da Lua e a Lua parte de mim
Eu e meu garoto não precisamos temer a luz do dia
Agora nós podemos viver sem medo
Do sol nos extinguir apenas por raiva de eu ter sido o único da linhagem a atingir a felicidade.