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Jungkook mordeu o lábio, se segurando, se concentrando em qualquer coisa que não fosse a aproximidade de Seokjin dele, nu debaixo do chuveiro.

Cada toque gentil, cada gesto cuidadoso enquanto ele lavava seu cabelo, fazia sua mente girar.

Somente com aquele moletom preto, estava tão perto, que podiam sentir o calor que seu corpo emanava dele. E, mesmo machucado, o desejo de agarrar aquele homem era quase irresistível.

Quando Seokjin o ajudou a vestir um pijama, seus dedos roçam contra a pele de Jungkook de maneira que enviava arrepios pelo corpo do mais novo. Ele se segurou, mantendo as mão firme ao lado do corpo, forcando-se para ele não o trair e não deixar o mais velho terminar o que estava fazendo.

— Pronto, — disse Seokjin, ajustando a camisa de Jungkook com um sorriso suave. — Agora você está confortável?

Jungkook assentiu, ainda sentindo o calor dos dedos de Seokjin onde ele havia ajustado sua roupa. Ele se sentia exausto, tanto pela luta quanto pelas emoções que estavam à flor da pele.

— Vem, vamos te colocar na cama, — Seokjin continuou, guiando Jungkook pelo braço até o quarto.

Quando chegaram, Seokjin puxou as cobertas e ajudou Jungkook a se deitar com cuidado. O colchão macio parecia convidá-lo a apagar no mesmo momento, mas Jungkook não conseguia evitar de observar Seokjin enquanto ele ajeitava as cobertas ao redor dele, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

— Se precisar de algo, é só me chamar, — disse Seokjin, enquanto puxava as cortinas para escurecer o quarto. Ele lançou um último olhar a Jungkook, que estava deitado, mas ainda acordado, com um olhar assustado.

Jungkook sentiu a cama afundar levemente quando Seokjin se sentou na beirada por um momento, seus olhos se encontraram.

— Você sente alguma dor ?— Seokjin murmurou, sua voz suave na penumbra.

— Não, hyung. Posso te chamar de hyung?— Jungkook perguntou, sentindo uma estranha mistura de expectativa enquanto observava Seokjin responder.

— Claro que sim, Jungkook-ah. Eu adoraria.

— Eu pareço um bebê, — disse Jungkook com uma voz doce e triste, enquanto puxava as cobertas até o queixo. — Mas eu não sou um bebê.

Seokjin não conseguiu evitar sorrir ao ver a expressão de Jungkook, que misturava vulnerabilidade e um toque de orgulho.

— Eu sei que não é. Sei muito bem disso, — respondeu Seokjin, com um sorriso brincalhão nos lábios, enquanto dava um leve tapinha no ombro de Jungkook, como se quisesse reconfortá-lo e, ao mesmo tempo, provocar um pouco.

Jungkook revirou os olhos, mas um sorriso relutante surgiu em seu rosto. O lutador tentou afastar todo o desejo que estava sentindo, forçando-se a ignorar a proximidade de Seokjin. O cansaço e a dor em seu corpo estavam finalmente vencendo, e ele sabia que precisava descansar.

— Você... não vai ficar? — perguntou, a voz baixa e hesitante, enquanto seus olhos já começavam a se fechar.

— Sim, eu vou, — respondeu Seokjin com um tom suave. — Só vou terminar de tomar um banho e volto.

Jungkook apenas murmurou em resposta, os olhos já fechados, enquanto tentava encontrar algum conforto na dor que o dominava. Seokjin se afastou, indo em direção ao banheiro, mas não sem antes dar uma última olhada para Jungkook, que já estava quase adormecido.

Jungkook sorriu, sorriu mesmo sabendo que estava dormindo mas não era um sonho. Um calor confortável o envolveu quando sentiu os braços ao redor de sua cintura, puxando-o para mais perto. Ele se aninhou naturalmente, sentindo a segurança daquele abraço.

K.O.  | JINKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora