No dia seguinte, Jungkook decidiu que era hora de voltar para seu humilde lar — ou, como ele gostava de chamar, sua kitnet. Um apartamento que não era, apartamento era o que Kim Seokjin tinha, já Jungkook lidava com a realidade de um cubículo minúsculo, onde mal cabia sua cama e um sofá que também servia de mesa.
Um respiro abafado escapou de seus lábios enquanto ele pensava sobre tudo. Queria muito voltar a treinar, mas seu treinador não parecia compartilhava dessa vontade. Na verdade, ele fechou a porta da academia na cara de Jungkook, como se dissesse "Não volte até que esteja 100%".
E como se isso não fosse suficiente, nem mesmo a galera do box e Namjoon o queriam vê-lo por lá. Como podiam? Ele estava se sentindo bem! Ok, talvez não 100%, mas pelo menos já não estava sangrando.
Então, se viu preso em casa, naquele cubículo que parecia encolher mais a cada dia. Não, de jeito nenhum ele iria voltar para o apartamento de Seokjin. Ele até tinha enviado uma mensagem perguntando como ele estava, mas a resposta nunca chegou. Aparentemente, o CEO da Hyundai estava ocupado demais para responder a um lutador machucado. Quem ele era mesmo?
Então, ele passou os últimos dois dias em um ciclo interminável de Netflix e delivery.
Delivery e Netflix.
A única interação social que tinha era com o entregador, que provavelmente estava começando a conhecê-lo pelo nome.
Naquela noite enquanto se acomodava no sofá, envolto em cobertores, ele se pegou pensando em Seokjin. Mesmo que ele não tivesse voltado, a ideia de estar sozinho o incomodava.
Como era possível que um bilionário estivesse tão longe, e ele ainda assim sentisse falta de seus pijamas horrorosos e de como ele sempre se preocupava com Jungkook?
— Merda, Jungkook — ele murmurou para si mesmo. — Olha o onde você se meteu.
A companhia tocou de uma forma tão repentina, quando estava em meio aos pensamentos, que Jungkook até pensou que era algum delivery que não se lembrava de ter pedido.
Levantou ainda um pouco preguiçoso e ao se levantar e abrir a porta, a cena que encontrou não era de um entregador. Era Seokjin com seu terno de milhões, vistas cansadas e super lindo.
Não exatamente a que esperava. Minutos antes Jungkook estava jogado no sofá, a TV ligada em um filme qualquer, cercado por caixas de pizza vazias e uma expressão de tédio no rosto.
— Oi! — Seokjin anunciou, levantando um saco de frango frito e soju.
— O que você está fazendo aqui? — perguntou, os olhos arregalados de surpresa dando a passagem para o mais velho entrar.
— Desculpa não te responder, eu estava meio atolado no trabalhoz Eu trouxe comida! E cerveja! — Seokjin exclamou, entrando na kit net quando Jungkook deu passagem com seus corpo, ele colocou o qua havia trazido na mesa olhando ao redor.
Jungkook olhou para a comida, a boca salivando.
— Você é um verdadeiro salvador!
Seokjin sorriu, satisfeito, enquanto via o mais novo avançar e começar a comer. Eles se sentaram no sofá e o lutador colocou play novamente no filme de comédia que assistia enquanto ainda detonava o frango frito com soju.
E CEO sorria, enquanto observava como Jungkook com a boca melada. Ele se esquecia, por um momento, de todos os seus problema, de todas obrigações e de todos e todas cobranças.
O cheirinho de frango invadia a pequena kitnet de Jungkook, que, era apertada até pra duas pessoas respirarem ao mesmo tempo. E Jungkook, claro, já estava morrendo de vergonha do espaço minúsculo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
K.O. | JINKOOK
FanficSeokjin um herdeiro milionário, conhece Jungkook, um garçom misterioso. Algo intrigante o faz querer descobrir mais sobre ele. | JINKOOK + 18 anos Conteúdo sensível