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Boate illusion, Paris - 10 hrs e 30 min (26/08/2024)
Bon-Hwa caminhava de um lado para o outro em seu escritório, o som de seus passos ecoando pelo ambiente silencioso. O quarto estava escuro, iluminado apenas pelo brilho fraco da lua que penetrava pelas frestas da janela. Seu coração estava apertado, dolorido, como se algo invisível o estivesse esmagando por dentro. Ele sabia o que tinha que fazer, mas a simples ideia o paralisava, e a hesitação o consumia.
O aroma de maçã com um toque adocicado de baunilha, que normalmente era doce, agora estava amargo. Suas mãos começaram a formigar, o peito subindo e descendo rapidamente enquanto ele tentava controlar a respiração. De repente, o toque de seu celular quebrou o silêncio, fazendo-o sobressaltar. Com as mãos trêmulas, ele pegou o aparelho e olhou para a barra de notificações. Ao ver o nome na tela, seu coração deu um salto, batendo descompassado.
Ele atendeu a ligação com uma voz trêmula, lutando para manter a compostura:
— Alô? — A palavra saiu quase como um sussurro, carregada de medo e incerteza.
Do outro lado da linha, a voz que ele tanto temia se fez ouvir, firme e áspera, cada sílaba como uma faca cravada em sua mente.
— Já fez o que eu mandei, ômega insolente?
Bon-Hwa sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Ele tentou falar, mas sua garganta parecia fechada, cada palavra uma luta.
— A-ainda não, e-eu... — Ele praguejou em silêncio, levando a mão ao peito enquanto a dor e o desespero o sufocavam. — E-eu não posso fazer isso, por favor... — Sua fragilidade, que ele sempre tentava esconder, estava agora exposta, impossível de conter na presença daquele alfa.
A resposta veio como um açoite, impiedosa e cortante:
— Inútil, infeliz. Eu não perguntei o que você queria. Se não for feito, eu te mato. Seria menos um peso morto na terra.
Aquelas palavras o derrubaram. Bon-Hwa se encolheu em um canto do escritório, sentindo-se pequeno e impotente. O alfa continuou, sua voz carregada de ameaça:
— Você tem até amanhã. Se não for feito, seus irmãos morreram.
A ligação foi cortada abruptamente, deixando Bon-Hwa sozinho no silêncio aterrorizante do que restava de sua mente. Ele olhou para o celular em sua mão, mas estava tão desnorteado que o aparelho escorregou, caindo no chão com um som abafado. A realidade parecia desmoronar ao seu redor.
Caindo de joelhos, ele apertou a camiseta com força contra o peito, tentando segurar a dor que se espalhava, mas era impossível. As lágrimas começaram a escorrer livremente por seu rosto, enquanto ele lutava para respirar. A cada tentativa de inspirar, o ar parecia fugir dele, como se o próprio mundo estivesse tentando asfixiá-lo. Tudo ao seu redor girava, as paredes pareciam se fechar, e ele se sentia como se estivesse sendo puxado para uma escuridão sem fim.
— Por quê... por que eu? — Ele sussurrou, a voz quebrada pelo desespero. — Por que eu sou tão inútil?
A pressão no peito se intensificou, seus dedos cavando a própria roupa na tentativa de encontrar algum alívio, mas não havia escapatória. Seu corpo começou a tremer incontrolavelmente, a visão ficando turva enquanto a crise de pânico o dominava. Ele estava à beira do colapso, e tudo ao seu redor começou a desaparecer, como se estivesse sendo engolido pela escuridão.
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Pacto de reis
RandomO destino do mundo será selado por um casamento estratégico entre dois poderosos reinos, onde alianças inesperadas e segredos antigos poderão mudar tudo. Em um mundo onde a hierarquia entre Alfas, Betas e Ômegas define o destino de todos, duas potên...