Pacto de reis

Capítulo 18

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Boa leitura!

Mansão Taleti, Paris - França 04hrs e 00min (02/09/2024)

A madrugada estava gélida, o vento cortava pelo céu escuro carregado de estrelas, mas dentro da mansão, tudo era silêncio. O quarto que Bhav e Bon-Hwa compartilhavam permanecia envolto em uma quietude quase sobrenatural, quebrada apenas pelo ritmo lento e suave da respiração do ômega. A luz prateada da lua banhava a sacada, contornando o perfil adormecido de Bon-Hwa. Seu rosto, suavemente iluminado, parecia esculpido em mármore sob aquele brilho frio e etéreo, como se estivesse preso em um sonho.

Bhav observava-o em silêncio, os olhos do alfa fixos na figura vulnerável à sua frente. O lobo dentro dele rosnava em aprovação, instintos primordiais despertando com cada segundo que passava. Era quase inacreditável tê-lo ali novamente, em seus braços, depois de tanto tempo. Cada momento parecia um presente roubado, e o desejo de possuí-lo, de sentir sua pele quente e macia sob seus dedos, crescia dentro dele como uma fome insaciável.

Ter o ômega naquele jatinho, cada centímetro de sua pele reagindo aos toques, era um prazer quase intoxicante. Bhav lembrava com clareza cada suspiro, cada arrepio que corria pelo corpo de Bon-Hwa a cada carícia. Beijá-lo, lentamente, saborear cada momento enquanto os corpos se moviam juntos em uma dança ritmada, era uma sensação que ultrapassava o físico. O alfa nunca esqueceria a melodia suave dos gemidos que escapavam dos lábios de Bon-Hwa, ecoando pelas paredes do jatinho, como se fossem feitos apenas para ele.

Enquanto acariciava os cabelos negros do ômega, Bhav inalava profundamente o cheiro doce e cítrico que emanava de sua pele. Aquilo o fazia perder o controle, cada vez mais envolvido pelo aroma inconfundível que o prendia, quase como uma marca invisível, que ele desejava profundamente. Era um perfume que ficava gravado na mente e no corpo, impossível de ignorar, e ali, naquele espaço tão íntimo, Bhav queria gravar ainda mais fundo o que significava ter Bon-Hwa em seus braços novamente. E dessa vez ele não deixaria o omega escapar. 

Bon-Hwa se remexia nos braços do alfa, o corpo buscando uma posição mais confortável, mas ainda entregue ao calor e segurança que aqueles braços ofereciam. Bhav, por sua vez, não desviava os olhos do rosto sereno do ômega, como se quisesse memorizar cada traço, cada detalhe. Havia uma beleza crua e irresistível ali, algo que fazia o coração do alfa acelerar, um desejo de nunca esquecer aquela imagem.

Com o nariz próximo ao pescoço de Bon-Hwa, Bhav inalava profundamente, saboreando o aroma doce e cítrico que era inconfundível. Era o cheiro de seu ômega, algo que o fazia perder a noção do tempo, do espaço. Cada respiração trazia um pouco mais desse perfume ao seu corpo, aquecendo-o de dentro para fora. Seu nariz roçou suavemente a marca de mordida, que ainda estava meio inchada, um lembrete do vínculo feroz e possessivo que eles compartilhavam.

Ao sentir o toque leve na marca, Bon-Hwa se moveu levemente, como se seu corpo respondesse instintivamente ao alfa. Bhav sabia o que aquela marca representava – era mais do que uma cicatriz. Era uma reivindicação, um laço profundo e primal que os unia, e ele não conseguia resistir à necessidade de senti-la, de reconectar-se com o ômega em todos os sentidos.

— Me diga o que quer, alfa? — A voz de Bon-Hwa era um sussurro carregado de provocação, sua pergunta saindo com um tom tão sensual que parecia quase desafiar Bhav a se revelar completamente.

Bhav fixou o olhar no rosto esculpido do ômega, cada detalhe sendo gravado em sua mente com uma intensidade quase obsessiva. A perfeição daquele rosto, a forma como cada expressão parecia estar alinhada com seus desejos mais profundos, o consumia por dentro. Um sorriso sombrio e possessivo se formou em seus lábios, um reflexo da fome insaciável que sentia. O sorriso não era apenas de prazer, mas de uma possessividade cruenta, um reconhecimento de que nada mais importava além daquele momento. O olhar de Bhav parecia ameaçar devorar cada parte de Bon-Hwa, cada traço e cada curva, com um desejo tão profundo que parecia transcender a própria realidade.