♥ Capítulo 12 ♥

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Damien Darkmore.

Segunda-Feira.

Estou parado no meio do quarto, observando a porta por onde Yara acabou de sair apressada. Um sorriso malicioso se forma em meus lábios, quase impossível de conter. Ela quase cedeu. Sua respiração acelerada e o jeito como seus olhos não conseguiam se desviar de mim não me enganam. Ela sente alguma atração por nós, mas algo a impede. Será que é o medo? Talvez por ser casada. Bom, não me importo. O fato de ela ter quase cedido mostra que também sente desejo e atração, o que facilita ainda mais para mim.

Caminho em direção ao meu closet, ainda com o sorriso estampado no rosto. Escolho uma calça jeans escura, uma camisa branca de botão e um par de sapatos pretos de couro. Um visual casual, mas ainda assim elegante. Coloco o meu relógio de pulso, um Rolex de prata, e pego o celular e a carteira antes de sair do quarto.

Ao descer os degraus, sinto a excitação crescente com o que aconteceu há poucos minutos. Sigo em direção à sala de jantar, onde meus irmãos já estão reunidos. Quando abro a porta, vejo Kael e Magnus tomando café. Kael levanta o olhar ao me ver entrar e faz uma observação, com um tom levemente sarcástico:

— Está bem atrasado, Damien.

Dou um sorriso largo, me sentando à mesa enquanto sirvo uma xícara de café.

— Tive um encontro maravilhoso no meu quarto. — digo, de maneira casual, chamando a atenção dos dois.

Kael e Magnus param de comer por um momento e me olham com curiosidade. Magnus é o primeiro a perguntar, arqueando uma sobrancelha:

— Que encontro maravilhoso?

Bebo um gole do café, saboreando a antecipação antes de responder.

— Encontrei a Yara no meu quarto. — começo, notando o interesse imediato deles. — Havia acabado de sair do banheiro, ainda de toalha, quando a vi. Ela não fazia ideia de que eu estava lá.

Kael solta uma risada baixa, e Magnus apenas observa, esperando que eu continue. Me divirto com a expectativa deles.

— O olhar que ela me deu... o nervosismo evidente... isso só me deixou mais animado. E o melhor de tudo, irmãos, é que ela quase cedeu. — continuo, uma satisfação evidente em minha voz. — Se eu tivesse avançado para beijá-la naquele momento, tenho certeza de que ela iria ceder.

Magnus se inclina para frente, mais interessado.

— E por que não o fez?

Dou de ombros, um sorriso ainda mais confiante surgindo.

— Porque parece que ela tem medo de alguma coisa. Talvez por ser casada com aquele tal Ronan. Mas não me importo. O fato de que ela já sente algo por nós significa que é só uma questão de tempo. O medo dela só tornará as coisas mais interessantes. O medo de ser algo tão proibido é excitante demais.

Kael ri novamente, balançando a cabeça.

— Sempre tão calculista, Damien.

— Apenas realista. — respondo, dando uma piscadela.

Magnus permanece em silêncio por um momento, ponderando o que ouviu. Depois de um tempo, ele finalmente fala.

— Esbarrei nela ontem à noite. — Diz. — Ela realmente sente alguma atração por nós. Não tirou os olhos do meu corpo, especialmente porque eu estava usando apenas uma regata. Vi em seus olhos algo mais, mas precisamos tomar cuidado para não ultrapassar os limites cedo demais. Não queremos assustá-la antes do tempo.

Concordo com um aceno de cabeça, entendendo o que ele quer dizer. A última coisa que queremos é que Yara fuja antes de termos a chance de explorar completamente essa situação.

— Não se preocupe, Magnus. Sei ir com calma quando quero. — respondo, tranquilo.

— Você? — Kael ri. — Sou o único tranquilo da família.

Dou de ombros, sem contestar, mas o sorriso em meu rosto revela que estou me divertindo com a provocação.

De repente, o Kael nos observa, com uma expressão mais séria do que o habitual. Ele não é do tipo que se deixa levar por emoções, mas percebo que o assunto em questão mexe com ele.

— E o que faremos com o marido dela? — Kael pergunta, direto ao ponto. — É bem capaz de ela continuar nos recusando por causa dele. Precisamos saber se ela o ama. Precisamos estar atentos a tudo.

Suas palavras ecoam na minha mente. Ele está certo, como sempre. Se Yara tiver algum tipo de afeto por Ronan, isso pode atrapalhar nossos planos. O que temos que fazer é descobrir o quão forte é essa ligação, e até onde ela está disposta a ir para preservá-la.

— Precisamos sondar isso com muito cuidado. — começo, analisando as possibilidades. — Se ela o ama, pode ser um obstáculo, mas não um que não possamos contornar.

Magnus, que até então estava em silêncio, finalmente fala, com a voz baixa e firme.

— Ela será nossa. — Magnus diz, sem hesitação. — Nenhum outro homem a tomará de nós, mesmo que ela seja casada. Esse Ronan não será um problema por muito tempo, se é que já não deixou de ser.

O tom de Magnus não deixa dúvidas sobre sua determinação. Quando ele decide que quer algo, vai até o fim para conseguir. Sinto um sorriso surgir no canto dos meus lábios. É bom ter irmãos que compartilham o mesmo objetivo, que entendem o objetivo e que estão dispostos a fazer o que for necessário para vencer.

— O que precisamos fazer agora é descobrir mais sobre esse casamento. — continuo, já traçando mentalmente os próximos passos. — Se o amor dela por ele for genuíno, teremos que ser criativos. Mas se ela não sente nada por ele nesse relacionamento. — continuo, deixando o plano mais claro — Podemos ajudá-la a se livrar desse cara. Kael, você pode cuidar dos papéis do divórcio, já que você é juiz.

Kael acena com a cabeça, concordando com a ideia.

— Claro, posso cuidar disso sem problemas. Mas precisamos ter certeza de que ela está realmente disposta a se livrar dele antes de darmos esse passo. O medo dela pode ser uma vantagem, mas precisamos entender se é apenas medo ou se ainda há algum resquício de sentimento pelo marido.

Magnus, que até então estava em silêncio, finalmente fala, com a voz grave e carregada de convicção.

— Não importa o que ela sinta por ele. Se for medo, usaremos isso a nosso favor. Se for algo mais, podemos transformar esse sentimento em dúvida. Mas de uma coisa tenho certeza: ela será nossa. Mesmo que ela seja casada.

Concordo com Magnus, sentindo a determinação crescer dentro de mim. O caminho pode não ser fácil, mas Yara já está mais próxima de nós do que ela mesma imagina.

— Vamos manter os olhos abertos e ser estratégicos. — digo, reafirmando nossa abordagem. — Precisamos saber tudo sobre ela, sobre o que a motiva, o que a assusta, e principalmente, o que a faz hesitar. Quanto mais soubermos, mais fácil será derrubar qualquer barreira que ainda exista.

Kael e Magnus assentem, e sinto que estamos mais alinhados do que nunca nesse objetivo. Yara será nossa, e nenhum obstáculo, nem mesmo Ronan, poderá mudar isso.

A Obsessão dos Irmãos Darkmore.Onde histórias criam vida. Descubra agora