♥ Capítulo 49 ♥

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Damien Darkmore.

Estou no meu consultório, finalizando alguns relatórios dos pacientes, quando meu celular vibra na mesa. Ao ver o nome de Magnus na tela, atendo imediatamente.

— Damien, precisamos conversar. — A voz de Magnus vem pesada e carregada de frustração. — Kael me avisou que os pais da Yara não pararam de visitar a mansão desde que fomos a Paris. Tentam arrastá-la de volta para aquela vida desgraçada.

Fecho os olhos, sentindo a raiva já começar a se acumular em mim. Magnus continua:

— Não aguento mais essa situação. Eles sabem o que fizeram com a própria filha, mas ainda assim, tentam interferir na vida dela. Ronan continua com suas merdas de sempre. Prostitutas, bebidas... Ele e os pais dela ainda acham que tem algum poder sobre ela.

— Bastardos. — murmuro, a raiva fervendo mais forte. Só de ouvir sobre esses malditos, sinto meu corpo se enrijecer de ódio.

Magnus suspira do outro lado da linha, e posso ouvir o som do copo o sendo posto na mesa.

— Quando você terminar suas obrigações, venha para a empresa. Kael e eu estaremos aqui para conversarmos melhor sobre isso. Temos que resolver essa situação de uma vez por todas. Não podemos mais permitir que perturbem a nossa Yara.

— Tudo bem, Magnus. Assim que terminar aqui, estarei a caminho. — respondo, tentando manter a calma, mas a irritação já toma conta de mim.

Magnus encerra a ligação, e solto um longo suspiro. A raiva que sinto pelos pais de Yara é profunda, mas nada se compara ao ódio que tenho por Ronan. Ele foi quem a machucou, controlou e destruiu boa parte de sua autoestima. Minha mandíbula se aperta ao pensar no quanto ela sofreu nas mãos daquele miserável. Mas agora ela está feliz. Nós estamos felizes com ela, e faremos tudo que for necessário para garantir que essa felicidade continue.

Yara pertence a nós, e ninguém, absolutamente ninguém, vai tirá-la de nós.

Foco novamente nos documentos à minha frente, agilizando o máximo que posso. Assino rapidamente os prontuários, verifico os últimos exames e deixo tudo pronto para que meus pacientes sejam encaminhados para o próximo plantão. Meu pensamento está longe.

Levo menos tempo do que esperava para finalizar tudo. Assim que termino, me levanto e pego meu casaco, saindo do consultório com pressa. Minhas responsabilidades no hospital são importantes, mas nada é mais importante do que Yara agora. Desço até a garagem do hospital, onde meu carro está estacionado.

Entro no veículo, e ao ligar o motor, a raiva ainda pulsa no fundo da minha mente. O nome de Ronan ecoa na minha cabeça como uma ameaça constante. Ela é nossa agora, e qualquer tentativa dele de interferir será respondida com força.

Acelero, deixando o hospital para trás, dirigindo em direção à empresa de Magnus. Já consigo imaginar Kael e Magnus prontos para discutir o próximo passo. Sabemos o que deve ser feito. Para garantir a segurança de Yara, para que ela tenha a paz e a felicidade que merece, esse assunto precisa ser resolvido de uma vez por todas. E não vamos hesitar em fazer o que for necessário.

Yara nos trouxe uma felicidade que nunca conhecemos antes. E por ela, somos capazes de tudo.

Chego à empresa de Magnus e estaciono o carro na garagem, um espaço reservado que tenho acesso direto. Saio do veículo com uma sensação de urgência.

Entro no prédio, dirigindo-me diretamente para o elevador. Aperto o botão, e enquanto aguardo, passo a mão no rosto, frustrado. Tudo o que queríamos era paz após o divórcio de Yara com Ronan. Ela merecia um novo começo sem interferências, sem sombras do passado. Mas, em vez disso, seus pais e aquele desgraçado do Ronan parecem determinados a destruir a vida dela. A raiva cresce dentro de mim só de pensar na situação.

As portas do elevador se abrem e saio, seguindo em direção ao escritório de Magnus. A secretária, ao me ver, acena em reconhecimento. Não é necessário pedir permissão para entrar; já estou familiarizado com o caminho. Dou um aceno rápido e continuo, entrando no escritório sem bater.

Assim que entro, vejo Magnus e Kael, mas Kael está ao telefone, sua expressão carregada de fúria. O ambiente está tenso e pesado com a energia da raiva.

— Esses filhos da puta! Como ousam! — Kael grita pelo telefone, a raiva evidente em cada palavra. — Marcos, entre em contato com aqueles policiais desgraçados e mande-os ir atrás do Ronan. Levem-no para aquele galpão abandonado na cidade. Não quero mais saber, é hoje que esse desgraçado morre!

A intensidade na voz de Kael é tão chocante que quase me deixo paralisar. Nunca o vi tão enfurecido. Olho para Magnus, que também parece surpreso com a explosão de Kael.

Kael desliga finalmente o telefone, e a tensão no escritório é palpável. Magnus e eu trocamos um olhar preocupado, e me adianto, perguntando:

— Kael, o que aconteceu? Por que você está tão furioso?

Kael vira-se para mim, seus olhos brilhando com uma fúria que mal consigo descrever.

— A Yara foi fazer compras, e os desgraçados dos pais dela tentaram levá-la à força para a casa do Ronan. — ele diz, a raiva em sua voz não deixando espaço para dúvidas. — Ela conseguiu se defender, mas se não fosse o Thiago, o Ronan teria agredido ela. Marcos chegou logo depois e resolveu a situação. Não aguento mais! Esse desgraçado merece morrer agora, e depois eu resolvo a situação dos pais dela. Eles merecem uma prisão, esses filhos da puta.

Sinto a raiva subindo pelo meu corpo ao ouvir o que aconteceu. Meu coração acelera, e a indignação que sinto é quase insuportável. A ideia de Ronan batendo na Yara novamente me deixa furioso.

Magnus, que estava em silêncio até agora, bate com força na mesa, seu rosto contorcido em um gesto de raiva controlada.

— Isso acaba hoje! — ele grita, a voz cheia de determinação. — Ele tentou machucá-la novamente. Esse desgraçado vai sofrer as consequências por mexer com o que é nosso.

A declaração de Magnus só aumenta a intensidade da situação. O desejo de resolver tudo de uma vez por todas é palpável. Não podemos permitir que Ronan continue a ameaçar Yara ou que os pais dela continuem a atormentá-la. Eles precisam pagar pelas suas ações e pelo sofrimento que causaram.

— Então, o que faremos agora? — pergunto, a voz firme, tentando manter a clareza em meio à tempestade de emoções.

Kael, ainda com a raiva visível, dá um passo à frente, seus olhos fixos em nós com uma intensidade que mostra o quanto ele está decidido.

— Marcos já está organizando a situação com a polícia para garantir que Ronan seja levado para o galpão. — explica Kael.

Magnus, que continua claramente irritado, acena com a cabeça em concordância.

— Então iremos esperá-los no galpão. É hoje que iremos acabar com esse maldito.

Com a decisão tomada e a determinação renovada, seguimos para o galpão, conscientes de que nossa missão é proteger Yara a todo custo. A paz que buscamos para Yara está ao nosso alcance, e faremos o que for preciso para garantir que ela possa viver sem mais ameaças. Mesmo que garantir signifique sujar nossas mãos de sangue, não nos importamos. 

A Obsessão dos Irmãos Darkmore.Onde histórias criam vida. Descubra agora