Magnus Darkmore.
Cinco dias se passaram desde o divórcio de Yara. A mudança em seu rosto é notável, a alegria que irradia é contagiante. É impressionante ver como ela está mais leve, mais feliz. Cada vez que a vejo assim, meu coração se aquece, e não consigo evitar me aproximar para beijá-la. Desde que o divórcio foi finalizado, todos nós temos feito questão de demonstrar nosso carinho por ela, e a cada dia que passa, a nossa Yara se torna ainda mais parte de nossas vidas.
Durante esses cinco dias, temos aproveitado cada oportunidade para estar perto dela. Yara continua trabalhando na nossa casa, algo que ela insiste em fazer. Dissemos que era apenas um capricho dela, e, sinceramente, não nos importamos. Ela parece encontrar conforto e propósito nisso, e respeitamos suas escolhas.
Damien, sempre atento, presenteou Yara com um celular novo. No início, ela ficou visivelmente desconfortável. Foi difícil para ela aceitar o presente, e, ao ouvir suas palavras, ficamos um pouco desconcertados. Yara mencionou que não está conosco por interesse, e sabemos que ela carrega traumas que a fazem duvidar da genuinidade dos nossos gestos. Damien, com sua formação em psicologia, tem conversado com ela frequentemente, oferecendo conselhos e tentando ajudar a curar essas feridas emocionais.
Ontem, enquanto conversava com meus irmãos, tive uma ideia. Tenho um evento em Paris e pensei que seria uma ótima oportunidade para levar Yara conosco. Ela pode conhecer um pouco mais do mundo e também relaxar. Damien concordou imediatamente com a ideia, e ele e Kael começaram a se organizar para garantir que tudo esteja em ordem para a viagem.
Agora, estou no meu escritório. Não fui trabalhar na empresa hoje, mas isso não significa que estou de folga. Estou aproveitando o tempo para me preparar para a viagem e garantir que todos os detalhes estejam acertados. A ideia de levar Yara para Paris me empolga. Não é apenas uma chance de ela explorar um novo lugar, mas também de nós quatro passarmos mais tempo juntos, aprofundando ainda mais nosso vínculo.
Enquanto reviso documentos e faço algumas ligações, não posso deixar de pensar em como essa viagem pode ser um marco significativo para nós. É uma oportunidade para mostrarmos a Yara que nossa dedicação a ela é verdadeira e que estamos comprometidos em construir algo duradouro.
Continuo ajustando os papéis sobre minha mesa. Sinto uma mistura de ansiedade e excitação.
Escuto batidas suaves na porta.
— Entre. — Digo, enquanto continuo alisando alguns papéis sobre a mesa.
Quando a porta se abre, um sorriso espontâneo aparece em meus lábios ao ver Yara entrando. Ela carrega uma bandeja com um lanche e oferece um sorriso tímido.
— Espero não estar incomodando. — diz ela, com um tom de preocupação. — A senhora Thompson me mandou trazer isso para você.
— Não está incomodando de jeito nenhum. — respondo, com um tom encorajador. — Venha.
Se aproxima e coloca a bandeja com cuidado sobre a mesa. Aproveito o momento para segurar sua mão, puxando-a para dar a volta na mesa e se acomode em meu colo. Ela ri com a surpresa.
— Tenho que voltar para o trabalho.— Diz, tentando manter um tom sério, mas a felicidade transparece em sua voz.
— Eu sou o chefe. — Digo, suavemente. — Então, ordeno que fique aqui comigo.
Ela solta uma risada leve, e aproveito para afastar uma mecha de cabelo do rosto dela, sentindo a suavidade de sua pele.
— Você é tão linda, meu anjo. — digo, notando o leve rubor em suas bochechas.
Puxo seu rosto para mais perto e a beijo, um beijo intenso e selvagem. Sinto a paixão e o desejo correndo por mim enquanto nossos lábios se encontram com uma urgência que mal consigo controlar. Em meio ao beijo, uma onda de possessividade e obsessão me atinge: ela é nossa, finalmente nossa. Esse pensamento se torna uma certeza esmagadora em minha mente. Se alguém ousar tentar tirá-la de nós, não hesitarei em manchar minhas mãos de sangue para proteger o que é nosso.
Cada toque, cada respiração que compartilhamos nesse beijo intensifica a certeza de que ela pertence a nós. A ideia de que qualquer ameaça possa surgir para nos separar me deixa ainda mais determinado a mantê-la segura e ao nosso lado. Até mesmo aquele bastardo do Ronan, se ele tentar algo, eu mesmo vou matá-lo. Ele foi um grande pé no saco e, agora que ela é nossa, não vou permitir que ninguém, nem mesmo ele, nos atrapalhe.
Quando finalmente nos separamos, ofegantes, passo o polegar suavemente sobre seus lábios.
— Tenha uma viagem planejada. — digo, tentando mudar de assunto. — Tenho um evento em Paris e quero que venha comigo. Meus irmãos também estarão vindo.
— Eu... eu nunca saí desse país antes. Não sei. — ela diz, sua voz carregada de incerteza e um leve tremor. Vejo a ansiedade em seus olhos, uma mistura de medo, que é completamente compreensível.
Puxo sua mão suavemente e a coloco em meu colo, olhando-a com ternura e compreensão.
— Tudo bem, meu amor. Eu entendo como isso pode ser intimidante. — digo, com uma voz suave e reconfortante. — Mas saiba que estaremos com você a cada passo do caminho. Paris é uma cidade incrível, e quero que você descubra a beleza e a magia dela ao seu lado.
Passo o polegar carinhosamente sobre o dorso de sua mão e continuo:
— Queremos que você se distraia, conheça novas pessoas, se divirta e aproveite essa experiência. É uma oportunidade para relaxar e deixar as preocupações para trás. Eu e meus irmãos estaremos ao seu lado, cuidando de você e garantindo que tudo seja perfeito.
Faço uma expressão de súplica, com um sorriso que tenta transmitir todo o carinho e desejo que sinto por ela.
— Então, aceita ir conosco? Prometo que será uma experiência inesquecível e que faremos tudo para que você se sinta especial e amada.
Ela parece se soltar um pouco, o sorriso começa a iluminar seu rosto. É um sorriso que faz meu coração acelerar e me enche de uma felicidade indescritível. No entanto, ao ver esse sorriso, um pensamento possessivo se instala em mim: quero que esse sorriso, esse brilho nos olhos, seja exclusivamente nosso. Ele pertence apenas a mim e aos meus irmãos. Ninguém mais deve ter o privilégio de vê-lo, apenas nós temos o direito de desfrutar dessa alegria que ela nos oferece. Esse sorriso é um símbolo de que finalmente ela está onde pertence, ao nosso lado, e ninguém mais pode tocá-lo.
— Tudo bem, eu aceito. — ela responde, com um sorriso genuíno e um brilho nos olhos.
Essa viagem é um momento perfeito para aprofundarmos nossa conexão e mostrarmos a ela o quanto a queremos e a valorizamos.
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A Obsessão dos Irmãos Darkmore.
Roman d'amourA vida de Yara é marcada por uma prisão emocional e física dentro de um casamento arranjado, onde seu marido é uma sombra constante de opressão. Quando Magnus , Kael e Damien Darkmore, com suas intenções sombrias, se tornam figuras centrais em sua v...