A Obsessão dos Irmãos Darkmore.

♥ Capítulo 48 ♥

Yara Voss.

Desde que voltamos para a mansão, minha vida tem sido um verdadeiro paraíso. Paris foi maravilhosa, sem dúvida, mas nada se compara à sensação de estar em casa com meus homens. Eles têm sido ainda mais perfeitos comigo desde que oficializamos nosso relacionamento. No começo, confesso que fiquei receosa de como as pessoas da mansão reagiriam ao saber que estou em um relacionamento com os três irmãos Darkmore. Mas, para minha surpresa, todos ficaram felizes.

Continuo ajudando nas tarefas da mansão porque gosto, e isso nunca foi um problema para eles. Sabem que me sinto útil fazendo isso, e, para eles, minha felicidade é o que importa.

Além disso, nossa rotina sexual tem sido intensa. Nunca pensei que pudesse ser tão desejada assim. De manhã, à tarde, à noite, e até de madrugada, se algum deles estiver por perto. Eles são insaciáveis, e, para ser sincera, gosto disso. Cada momento com eles é especial, e nada disso seria possível se não fosse pelo amor que sinto por cada um deles. Amo Magnus, Kael e Damien com todas as forças, e esse sentimento só cresce a cada dia.

Minhas divagações são interrompidas quando ouço a voz familiar da senhora Thompson me chamando.

— Yara, querida! — diz ela, com uma mão nas costas, se contorcendo de dor. — Pode fazer uma compra para mim? Estou com uma dor terrível nas costas e não consigo ir ao mercado.

— Claro, senhora Thompson! — Respondo prontamente, já me levantando para ajudar.

Ela sorri e me entrega uma lista e o cartão de crédito.

— Não demora, querida. E, por favor, compre tudo que está aí.

— Pode deixar comigo! — digo, sorrindo enquanto pego os itens dela.

Saio da mansão e o motorista logo abre a porta para mim, como sempre faz, dou um sorriso agradecido antes de entrar no carro. Continuo me acostumando a ser tratada com tanto cuidado, mas é algo que aprendi a aceitar. O que ainda me surpreende é como Magnus, Kael e Damien sempre me presenteiam com roupas, sapatos e acessórios, sem pedir nada em troca. Lentamente, estou aceitando isso, embora ainda me sinta estranha ao ser tão mimada.

Chegando ao mercado, entro no estabelecimento e faço as compras tranquilamente, colocando tudo no carrinho conforme a lista. Já estou quase terminando quando, de repente, sinto meu braço sendo puxado com brutalidade. Meu coração dispara ao me virar e ver meu pai e minha mãe ali, com expressões duras.

— O que você está fazendo? — grita meu pai, apertando meu braço com força. — Você nunca deveria ter pedido o divórcio! Deveria ter aceitado tudo o que Ronan mandasse!

Fico paralisada pelo choque, incapaz de processar o que está acontecendo. O olhar duro do meu pai me assusta, e a brutalidade com que me segura me faz tremer. Tento dizer algo, mas as palavras não saem.

— Você vai voltar agora. — ele ordena, com os dentes cerrados. — Ronan está te esperando lá fora.

Meu corpo está congelado, incapaz de reagir. Quando finalmente consigo me mover, estou diante de Ronan, do lado de fora do mercado. Ele sorri daquele jeito que sempre me aterrorizou.

— Vamos, Yara. — ele diz, com a voz suave, mas cheia de veneno. — Estou aqui para te levar de volta para casa. Chega de joguinhos.

Meu medo me paralisa novamente, e por um momento penso que tudo acabou. Mas, então, lembro dos meus homens. Lembro de como sou amada, protegida e desejada por eles. Isso me dá forças. Respiro fundo, tentando controlar o pânico que ameaça me consumir, e puxo meu braço da mão do meu pai com toda a força que consigo reunir.