Capítulo 13 - Escolhas

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Antoine já não estuda no mesmo colégio. Não por eu ter cedido aos preconceitos ou temer os pais que espalharam a notícia de que sou uma stripper e que, supostamente, ainda trabalho com filmes adultos, mas por não conseguir encarar o fato de que Aiden se pronunciara como meu marido e pai de Antoine diante de todos. Uma mentira absurda que custara à minha filha dias intermináveis de questionamentos que ela não soubera responder.

É ainda tão pequena...



Como lidar com crianças naturalmente curiosas? Como responder que é fruto da união de dois seres com a cor da pele diferente da sua? Como não se cansar em explicar que isso é geneticamente possível sem se exaurir e chorar?

Antoine sofria muito naquele colégio. Eu sofria infinitamente mais em vê-la sofrer, logo, o mais razoável fora matricular Antoine em um outro colégio. Um colégio onde alunos de diferentes classes sociais e raças distintas convivem em paz. Um colégio mais próximo de nosso prédio, cuja mensalidade ainda posso pagar. Até quando? Não posso afirmar. O que posso garantir é que não vou desistir de dar o que tenho e o que não tenho a Antoine para que ela cresça e se desenvolva em todos os aspectos, mesmo que, para alcançar esse objetivo, eu tenha de retomar hábitos antigos e extremamente perigosos porque me levam de volta ao mundo do sexo...da ninfomania.

- São somente fotos.

- Fotos sem roupa.

- Fotos artísticas. - Defende-se Aiden. - Eu não vou deixar que ele te toque. Juro.

- Eu não preciso de vc pra me defender. - Rosno, subindo os degraus do prédio onde o fotógrafo me aguarda. Ao meu lado, Aiden sorri. - Do que tá rindo? 

- Estou sorrindo...pra vc. 

Por que não gosto do seu sorriso? É lindo

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Por que não gosto do seu sorriso? É lindo. Sexy. Tremendamente afrodisíaco, mas...não me inspira confiança. Não é como o de Vincenzo. Vincenzo! Vincenzo! Vincenzo! Para de pensar nesse babaca que não fez nada por Antoine!

 - Não sorria, por favor.

- Ok. - Concorda ele escondendo as mãos nos bolsos do casaco. - Como está a pequenina?

- Bem. Obrigada. 

- Quando poderei conhecer a minha filha?

- Isso não tem graça...- Rumino, fuzilando-o com os olhos. - Agradeço pelo que fez, mas arruinou a vida de Antoine.

- Não foi esse o meu objetivo. - Sua mão agarra meu antebraço. Paro de subir os degraus quando peço, atordoada.

- Me solta.

- Eu só quero te ver feliz.

 - Eu sei. - Bufo, arrependida. - Me desculpa. Eu tô nervosa.

- Quando verei a pequena Antoine? 

Dess - Uma História InteressanteOnde histórias criam vida. Descubra agora