Enquanto eu te Esquecia (KathLin)

22. Eu te Amo

Vas a Quedarte - Aitana

Porque nunca admití estar enamorada
Porque eu nunca admiti estar apaixonada

Siempre lo supe y no dije nada
Eu sempre soube e não disse nada

Mi corazón se quiso esconder
Meu coração quis se esconder

POV Kath

Abri os olhos naquela manhã e senti de imediato as consequências de tanto chorar na noite passada. Havia sido uma mistura de choro de magoa, raiva e depois de felicidade, de alívio.

Lin havia dito que me amava.

Depois da descoberta que antes de perder a memória ela não havia chegado nem perto de sentir isso por mim, Lin imediatamente curou essa minha magoa dizendo que me amava. Me disse tantas vezes que poderiam imaginar que eu iria enjoar em algum momento, mas não foi o caso, acho que nunca serei capaz de enjoar em saber que a mulher que eu amo sente o mesmo por mim, em ações e agora também em palavras.

Notei ela ali, ressonando baixo ao meu lado, seu braço em volta da minha cintura e seus pés entrelaçados aos meus. Era raro as manhãs em que eu acordava primeiro, portanto, iria aproveitar daquele momento.

Levei minha mão para seu rosto, retirando alguns fios de cabelo rebeldes que caíam sobre seus olhos e lembrei da noite passada, que subimos para o quarto entre beijos e declarações de eu te amo. Fizemos amor por horas e horas antes de ambas sentirmos fome e descermos para jantar. E foi o único momento em que não estávamos nuas, nos tocando, nos beijando, sentindo o corpo uma da outra, declarando nosso amor de todas as formas possíveis. Logo depois de jantar já subimos para o banheiro e depois de uma longa ducha, cheia de carinhos e afetos, voltamos para a cama, transando até dormirmos, exaustas.

Acho que queríamos mesmo provar que nos amávamos.

Lin solta um leve resmungo, indicando que estava próxima de despertar enquanto meus dedos deslizam pelo seu rosto, sentindo a textura da sua pele. Me inclino um pouco e passo a beijar seu ombro. Beijos delicados e demorados, tentando faze-la acordar de uma vez.

Observo um sorriso brotar em seus lábios quando ela começa a despertar, sua mão em minha cintura ficando mais firme, puxando meu corpo para ficar mais em contato com o seu. Levo meus beijos pelo seu pescoço, subindo em seu rosto pela sua bochecha até chegar em seus lábios. Nesse momento Lin já retribui meu beijo, o encaixe perfeito dos nossos lábios que já se conhecem tão perfeitamente.

- Amo tanto seus lábios ...

Sua voz é rouca e baixa depois que afasto um pouco para poder olha-la, suas palavras atingindo em cheio meu coração quando ela as diz tão perto dos meus lábios.

- Ah é? E o que mais você ama em mim?

Lin finalmente abre os olhos, encontrando os meus fixos nela. Posso ver cada sentimento que ela quer demonstrar em suas palavras, refletidas ali em seu olhar. É dessa maneira que eu sei que ela era sincera com o que dizia. Eu sabia que Lin me amava só de ler em seu olhar.

- Eu amo tudo em você, Kath. Seu cheiro, sua voz, seu sorriso, sua personalidade. Amo seu corpo inteiro, cada centímetro dele. Amo principalmente a minha vida ao seu lado.

- Para alguém que não conseguia nutrir sentimentos por nada você está amando muita coisa, não está?

Lin suspira baixo, expressando seu descontentamento com minhas palavras.

- Já te falei que aquela mulher morreu, se afogou no fundo do mar e quero que fique lá depois de descobrir tudo que ela te fez passar. Eu sempre te amei, desde o segundo que entrou naquele quarto de hospital você roubou meu coração pra você.