𝓢𝗢𝗨𝗟 𝓘𝗡𝗩𝗔𝗦𝗜𝗩𝗘, 𝑆𝑒𝑜 𝑌𝑢𝑙.

𝑃𝑎𝑔𝑒 𝑇ℎ𝑖𝑟𝑡𝑦-𝑆𝑒𝑣𝑒𝑛

𝐓𝐄𝐌𝐏𝐎

Me deitava na cama para dormir, olhava para o teto, totalmente escuro como o resto do quarto

Sem sono, me remexo na cama, deitando de bruços porém com o queixo apoiado nas costas de minhas mãos, com a mente vazia até o primeiro pensamento chegar...

Seo Yul. Suspirava enquanto levantava cabeça e acendia o lampião

─ Ah...Miyeon, tão jovem e já passando pela opressão do amor. Pobre criança ─ Soo kyung diz, sua voz ecoando pelo quarto.

─ Tento preencher minha mente, e evitar pensar nele, achando que dessa forma a falta não me atinja...mas a noite, é o momento em que ele toma conta até dos meus sonhos ─ falo sem desviar o olhar do fogo do lampião.

─ Querida, não se pode evitar o amor ─ a mulher no espelho diz ─ ou vivemos com ele, ou nos cedemos a ele, ou o combatemos e deixamos de existir.

Ouço batidas na porta, me fazendo acordar do transe em que estava, me levantando e indo até a porta

Olhando para ela e pensando se realmente deveria abrir. Empurro para o lado, vendo um dos trabalhadores da casa

─ Criada Kang, tem alguém interessado em falar com a senhorita ─ ele diz sussurrando.

─ A esta hora? Quem seria? ─ pergunto. Quem viria a está hora da madrugada para falar comigo?.

─ Ele pediu para que não falasse seu nome ─ o criado falou.

Poderia ser ele?. Pensei esperançosa

─ Certo... ─ passo pelo moço. Andando em direção ao fundos onde ficava a cozinha.

Se for ele, o que devo fazer? Falar ou manda-lo embora?

Paro em frente a porta dos fundos, de longe conseguia ver uma figura toda coberta por vestimentas do tom escuro

Saio para fora. A cada passo que dava, conseguia sentir meu coração quase sair pela boca, enquanto algo parecia se mexer dentro de meu estômago

Seria isso que mocinhas chamam de sentir "borboletas no estômago"?

Me aproximando da figura e limpando a garganta para chamar sua atenção

─ Ah, Miyeon ─ falou em um tom animado.

Não é ele...

─ Quem e você? ─ perguntei. Em resposta a figura abaixa o chale que cobria seu rosto, revelando ser Park Dang gu ─ O que faz aqui esta noite, jovem mestre Park?.

─ O Yul, me mandou te entregar isso ─ ele entrega um envelope ─ ele mandou dizer que...

Antes que ele pudesse terminar, vejo seu olhar desviar do meu e ir para casa atrás de mim

Já era. Me viro para olhar, vendo as luzes se acenderem

─ É melhor eu ir, para você não se meter em encrenca ─ o loiro falou, se virando para ir embora.