21: Suspeito

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Elijah

Desde aquela noite na casa de Charlotte, eu não conseguia tirar Victor da cabeça. Algo naquele cara me incomodava profundamente. Talvez fosse o jeito como ele aparecia sempre nos momentos mais inoportunos, ou como ele havia conseguido o número de Charlotte sem que ela tivesse dado. Seja lá o que fosse, não era normal, e eu sabia que não poderia deixar isso passar sem investigar.

Passaram-se alguns dias, e eu continuei observando. Não queria alarmar Charlotte sem ter certeza de que havia algo errado, então decidi ficar de olho em Victor por conta própria. No trabalho, as coisas estavam normais, mas minha mente estava sempre voltando para Charlotte e para a possível ameaça que Victor representava.

Uma tarde, saí mais cedo do escritório. Estava dirigindo pela rua de Charlotte quando o vi. Victor estava do outro lado da rua, parado ao lado de um carro que eu não reconhecia, conversando com alguém através da janela. Parecia uma conversa normal à primeira vista, mas algo na linguagem corporal dele me deixou em alerta. Ele olhava ao redor constantemente, como se estivesse preocupado em ser visto.

Reduzi a velocidade, tentando não chamar atenção, e observei. O homem no carro entregou algo a Victor, e o que quer que fosse, ele o guardou rapidamente no bolso do casaco, olhando ao redor mais uma vez antes de se afastar do carro.

Meu instinto gritava que havia algo muito errado ali. Esperei até que Victor desaparecesse pela esquina, e então anotei a placa do carro. Se ele estava envolvido em algo suspeito, eu precisava descobrir o que era.

Nos dias seguintes, continuei a investigação. Fiquei de olho em Victor sempre que possível, mas ele não deu mais sinais de comportamento estranho. Mesmo assim, aquele encontro na rua não saía da minha cabeça.

Finalmente, decidi tomar uma atitude. Fui até um amigo meu, que trabalhava na polícia. Contei a ele sobre o que vi e pedi para que ele verificasse a placa do carro. Não queria alarmar Charlotte sem ter algo concreto, mas também não podia ignorar o que havia visto.

Quando meu amigo voltou com as informações, a situação ficou ainda mais estranha. O carro estava registrado no nome de uma empresa que não tinha endereço fixo, algo que parecia uma fachada. Meu instinto estava certo — havia algo muito mais sombrio acontecendo, e Victor estava no meio disso.

Agora, eu precisava decidir o que fazer. Não queria alarmar Charlotte, mas sabia que não poderia deixar que ela ficasse no escuro sobre o que estava acontecendo. Ao mesmo tempo, se Victor fosse realmente perigoso, eu precisava ter cuidado em como abordar isso.

Com essas informações em mãos, decidi que continuaria investigando um pouco mais antes de falar com Charlotte. Precisava de provas mais concretas, algo que pudesse mostrar a ela sem parecer que eu estava sendo paranoico. Mesmo que isso significasse manter esse peso por mais alguns dias, eu sabia que estava fazendo isso para protegê-la.

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