Aegon, o Conquistador

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No salão principal de Pedra do Dragão, o Conselho Real se reunia em torno de uma imponente mesa de pedra, esculpida no formato de Westeros. Aegon I, o Conquistador, estava sentado em seu trono improvisado, sua presença dominando o ambiente. Você estava ao lado dele, como uma das suas conselheiras mais próximas, tendo conquistado seu lugar através de sua sabedoria e habilidade política. No entanto, essa posição tinha um preço: a desconfiança e o ciúme dos outros membros do conselho.

- Aegon, creio que precisamos reforçar nossa presença nas Terras Fluviais - sugeriu o mestre de guerra, com um olhar desafiador na sua direção. - Há rumores de revoltas em Harrenhal.

Aegon, com os olhos fixos em você, perguntou calmamente:

- O que você pensa sobre isso?

Sentindo o peso de todos os olhares sobre si, você respirou fundo antes de responder:

- As Terras Fluviais são estratégicas, mas não devemos agir com pressa. Enviar tropas agora pode ser interpretado como uma agressão, e perderíamos o apoio de muitos senhores. Sugiro que enviemos emissários primeiro, para sondar as intenções reais dos lordes locais.

O mestre de guerra estreitou os olhos, sua voz carregada de suspeita.

- Emissários podem ser facilmente manipulados. Uma força militar é a única linguagem que esses rebeldes entendem. Talvez nossa conselheira esteja se tornando muito... branda.

Antes que você pudesse responder, Aegon se levantou, sua presença imediata silenciando a sala.

- Nossa conselheira é tudo menos branda - ele disse, seu tom firme. - Ela entende que governar não se resume à força bruta. É por isso que confio nela.

O silêncio que se seguiu foi quase palpável. Você sentiu o calor subir ao seu rosto ao perceber a intensidade do olhar de Aegon sobre você. Quando ele finalmente se sentou, você inclinou a cabeça em agradecimento, mas algo em seus olhos lhe dizia que essa conversa estava longe de terminar.

Mais tarde, após a reunião, enquanto você caminhava pelos corredores sombrios de Pedra do Dragão, uma voz familiar ecoou atrás de você.

- Espere.

Você se virou para ver Aegon aproximando-se, o manto negro esvoaçando atrás dele. Ele parecia mais acessível, menos o rei temível, e mais o homem que você conhecia há tanto tempo.

- Você foi hábil hoje, como sempre - ele comentou, parando à sua frente. - Mas percebo que essa pressão está pesando sobre você.

- Ser subestimada é algo que já me acostumei, Vossa Graça - você respondeu, tentando manter a compostura.

- Isso não significa que você deva aceitar - ele disse suavemente, seus olhos procurando os seus. - Há uma batalha sendo travada dentro desse conselho, uma batalha que não quero que você enfrente sozinha.

Surpresa pela súbita proximidade, você tentou falar, mas as palavras falharam. Aegon, percebendo seu desconforto, deu um passo à frente, encurtando ainda mais a distância entre vocês.

- Desde que nos conhecemos, você tem sido minha aliada mais leal, e por isso tenho um respeito profundo por você - ele disse, sua voz mais baixa, quase um sussurro. - Mas devo confessar, não é apenas respeito que sinto...

Seu coração bateu mais forte com a confissão inesperada. Ali, nos corredores escuros de Pedra do Dragão, o rei que todos temiam estava se revelando vulnerável, e essa vulnerabilidade fez com que você sentisse algo que tentava ignorar há tempos.

- Aegon... - você começou, mas ele gentilmente colocou um dedo sobre seus lábios, silenciando-o.

- Não precisa responder agora - ele disse, sua voz firme, mas com um toque de ternura. - Só quero que saiba que, enquanto eu reinar, você terá um aliado em mim. E talvez, com o tempo, possamos explorar o que mais pode existir entre nós.

Com isso, ele se afastou, deixando você com uma enxurrada de emoções conflitantes. O peso da coroa e a tensão política eram apenas parte dos desafios que enfrentaria ao lado de Aegon. Havia algo mais agora, algo que poderia mudar o curso de sua vida - e talvez, de todo o reino.

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