Daemon Targaryen

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Você estava na Pedra do Dragão, observando Daemon Targaryen enquanto ele treinava Caraxes. A imensidão do céu parecia pequena perto do domínio que Daemon exercia sobre o dragão, e você não conseguia desviar os olhos. Ele sempre teve uma presença forte, quase magnética, mas havia algo em vê-lo interagindo com os dragões que tornava impossível ignorá-lo.

- Não vai me dizer nada? - Daemon disse, quebrando o silêncio, enquanto descia de Caraxes com um sorriso no rosto. Seus olhos, de um roxo penetrante, encontraram os seus com um brilho desafiador.

- O que espera que eu diga? - você respondeu, cruzando os braços e tentando manter a compostura. - Caraxes te obedece bem, mas isso já era esperado. Não é como se fosse difícil para você.

- Ah, sempre tão crítica - ele provocou, aproximando-se. - Mas eu percebo. Tem algo nos seus olhos. Admiração, talvez?

Você riu, balançando a cabeça.

- Admiração? Não exagere. Estou aqui para te ajudar, não para inflar seu ego.

Daemon sorriu, inclinando a cabeça para o lado como se estivesse considerando suas palavras com mais seriedade do que o necessário.

- Então, por que você sempre aparece nos treinos? Não é exatamente uma tarefa fácil, e com certeza não é para qualquer um.

- Talvez eu apenas aprecie a companhia dos dragões - você respondeu, tentando esconder o leve rubor que subiu ao seu rosto.

- Ou talvez a minha companhia. - A voz dele saiu baixa e carregada de sugestão, um passo mais perto e seu corpo quase tocava o seu. O calor dele irradiava, fazendo você sentir seu coração acelerar.

Você deu um passo para trás, mas seu olhar permaneceu firme no dele.

- Não se engane, Daemon. Estou aqui por minha própria vontade, não pela sua.

Ele riu, um som rouco e cheio de divertimento, cruzando os braços enquanto inclinava a cabeça, estudando você.

- Admiro sua franqueza. Poucos têm coragem de me responder assim.

- Alguém precisa manter você no chão. - Você ergueu uma sobrancelha, tentando parecer mais confiante do que realmente estava. A verdade era que a intensidade no olhar dele estava começando a te desconcertar, mas você não cederia tão fácil.

- Talvez você tenha razão - ele murmurou, aproximando-se novamente. - Mas me diga, o que realmente te atrai aqui?

- Meu dever. - Você respondeu de forma automática, o que só o fez sorrir mais amplamente.

Daemon aproximou-se ainda mais, e antes que você pudesse recuar, ele ergueu uma mão e tocou de leve o seu rosto.

- Tenho a impressão de que seu dever e sua vontade não estão tão separados quanto você gostaria que estivessem.

O toque dele era suave, mas havia algo no contato que fez sua respiração falhar por um instante.

- Não confunda as coisas, Daemon.

- Não estou confundindo nada. - A voz dele estava ainda mais baixa agora, e os olhos dele te seguravam no lugar como se fossem correntes. - Estou sendo bem claro, na verdade.

Antes que você pudesse responder, ele se inclinou e, de repente, seus lábios estavam nos seus. O beijo foi intenso desde o primeiro segundo, cheio da paixão crua que você sabia que Daemon carregava dentro de si. Por um momento, você se permitiu corresponder, mas logo se afastou, ofegante.

- Isso não pode acontecer - você sussurrou, a respiração pesada.

Daemon, no entanto, não parecia nem um pouco arrependido. Na verdade, havia um sorriso satisfeito em seu rosto.

- Por que não? Você não pareceu resistir.

- Não é uma questão de resistência, Daemon - você disse, tentando recuperar o controle da situação. - Nós dois sabemos que isso é complicado. Paixão e poder não se misturam facilmente.

Ele riu baixinho, dando um passo para trás, mas seus olhos ainda brilhavam com desejo.

- Paixão e poder são o que movem o mundo, querida. Especialmente em nossa família.

Você o encarou por um momento, sem saber se deveria rir da arrogância dele ou se irritar com a ousadia. Mas, no fundo, sabia que havia verdade em suas palavras. O desejo entre vocês era palpável, quase inevitável.

- Vamos nos concentrar nos dragões - você disse, finalmente, tentando mudar o rumo da conversa. - Eles exigem nossa atenção.

- Ah, claro, os dragões - ele murmurou, olhando para Caraxes por um momento antes de voltar a encará-la. - Mas você sabe que isso não vai desaparecer só porque estamos ignorando.

Você revirou os olhos, mas antes que pudesse responder, Daemon já estava chamando Caraxes novamente. O dragão respondeu imediatamente, sua presença imponente fazendo a terra tremer levemente sob seus pés.

- Vamos, suba - Daemon disse, oferecendo sua mão para você. - Quero te mostrar algo.

Você hesitou por um segundo, mas acabou aceitando. Não que tivesse muitas opções naquele momento. Com a ajuda dele, você subiu nas costas de Caraxes e se segurou firme enquanto o dragão levantava voo.

O vento chicoteava seu rosto enquanto Caraxes voava alto sobre Pedra do Dragão. O cenário abaixo parecia pequeno e distante, e por um momento, tudo o que você sentiu foi a liberdade do ar ao seu redor. Mas, inevitavelmente, seus pensamentos voltaram a Daemon, que estava sentado na sua frente, seus cabelos prateados voando com o vento.

- Isso é o que você quer, não é? - Daemon disse, olhando para trás, por sobre o ombro. - Essa liberdade, esse poder. Faz você sentir como se fosse invencível.

- Talvez - você respondeu, segurando-se mais firme enquanto Caraxes virava no ar. - Mas também pode ser perigoso.

Daemon riu.

- Tudo que vale a pena é perigoso.

Você não pôde deixar de sorrir.

- Isso soa como algo que você diria.

- E é - ele respondeu, sua voz carregada de confiança. - Agora, me diga, está pronta para realmente controlar um dragão? Porque até agora, você só tem assistido.

Você arregalou os olhos, sentindo a adrenalina correr pelas suas veias.

- Você está louco, Daemon!

- Louco? Não - ele disse, virando-se levemente para te encarar. - Apenas ousado.

Com um movimento rápido, Daemon puxou você para frente, fazendo com que seus braços envolvessem sua cintura enquanto ele segurava as rédeas de Caraxes. Seus corpos estavam colados, o calor dele contrastando com o vento gelado.

- Agora, segure firme - ele murmurou.

E, com isso, Daemon soltou as rédeas, deixando você segurar o controle por um momento. Caraxes respondeu ao toque da sua mão, e apesar do medo inicial, você sentiu uma onda de excitação. Por um instante, foi como se toda a sua conexão com os dragões fizesse sentido.

- Você está fazendo isso - Daemon sussurrou em seu ouvido, sua voz enviando arrepios pela sua espinha.

Quando o dragão finalmente pousou, seu coração ainda estava acelerado, mas não só pela experiência de voar. Havia algo mais - algo entre você e Daemon que era impossível de negar.

Quando você desceu de Caraxes, Daemon segurou sua mão por um segundo a mais do que o necessário, seus olhos encontrando os seus com uma intensidade inabalável.

- Agora você entende o que é estar ao meu lado - ele disse, sua voz baixa e cheia de promessa.

Você o encarou, sabendo que, a partir daquele momento, nada seria o mesmo.

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