Daemon Targaryen

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A névoa que cobria os Montes da Lua tornava o Vale ainda mais imponente à medida que sua comitiva se aproximava do Ninho da Águia. Você foi enviada pela sua Casa, uma das mais respeitadas no Norte, para negociar uma aliança com a Casa Arryn em nome de seu pai, um importante senhor vassalo de Winterfell. A missão era simples: garantir que a Casa Arryn permanecesse leal aos Stark no tumultuado jogo de poder que se desenrolava em Westeros.

No entanto, a situação ganhou uma camada a mais de tensão ao saber que Daemon Targaryen estaria presente. Ele havia sido enviado pela Casa Targaryen para tratar de assuntos semelhantes. Não esperava encontrar um homem tão imponente, cuja reputação de ser imprevisível e impetuoso o precedia. E, ao conhecê-lo, percebeu que todas as histórias eram verdadeiras - Daemon era uma força da natureza.

Logo que chegou ao salão do Ninho da Águia, onde os lordes discutiam assuntos sérios, você o viu. Daemon estava encostado em uma das pilastras, observando tudo com um olhar penetrante e um meio sorriso que parecia desafiador. Seus cabelos prateados capturavam a luz suave das tochas, e seus olhos violáceos não deixavam de observar cada movimento seu. Mesmo em meio a tantas figuras importantes, ele dominava o ambiente.

- Vejo que os Stark enviaram mais do que apenas promessas, - disse ele, sem cerimônia, quando seus olhares se cruzaram pela primeira vez. - Enviaram também uma dama para representar sua força.

Seu tom era de uma provocação clara, misturado com uma insinuação velada. Ele se afastou da pilastra e caminhou em sua direção, sem pressa, os olhos nunca deixando os seus. Era um movimento calculado, como um predador observando sua presa.

- Príncipe Targaryen, - você o saudou, mantendo o semblante firme. Sabia que lidar com Daemon seria complicado, mas precisava demonstrar força. - As promessas dos Stark são firmes como o gelo do Norte. Não precisam de adornos.

- Gelo que se derrete facilmente sob o calor do dragão, - ele rebateu, o sorriso se alargando ligeiramente.

As palavras dele eram uma mistura de provocação e desafio. Você podia sentir a tensão entre vocês crescendo, uma corrente elétrica carregada de algo perigoso e irresistível. Havia uma faísca ali, algo mais intenso do que meras palavras trocadas. Daemon estava testando seus limites, empurrando para ver até onde iria.

As negociações naquela tarde prosseguiram em um clima tenso, mas eficaz. Ainda assim, Daemon Targaryen não saiu de sua mente, e parecia que ele também não tinha tirado os olhos de você. Em cada momento silencioso, sentia o olhar dele queimando sua pele, uma presença constante, mesmo quando não estava perto.

Quando o banquete se iniciou naquela noite, os lordes de diferentes Casas relaxaram suas tensões com vinhos fortes e conversas mais leves. Você aproveitou um momento para se afastar, buscando um pouco de ar fresco nas sacadas do Ninho da Águia. O vento gélido do Vale lhe ajudava a manter a mente clara, ou ao menos deveria.

- Buscando se esconder, minha lady? - A voz de Daemon soou atrás de você, baixa e carregada de uma intenção que fez seu coração acelerar.

Você se virou lentamente, tentando manter a compostura, mas a intensidade do olhar dele a desarmava. Daemon estava mais próximo do que deveria, seus olhos violáceos escurecidos pelo desejo que ele não fazia questão de esconder. O espaço entre vocês parecia minúsculo.

- Não tenho motivos para me esconder, senhor, - você respondeu, mantendo o que restava da sua dignidade. - Apenas preciso de um momento de paz, longe das discussões políticas.

Daemon riu baixinho, o som grave e perigoso. Ele se aproximou ainda mais, seus lábios quase roçando seu ouvido quando falou.

- Paz... - ele murmurou. - Não é isso o que procuro. Não é o que você procura.

Você sentiu o coração disparar. O jogo perigoso que ele estava conduzindo parecia prestes a se intensificar, e, por mais que soubesse que deveria manter a distância, havia algo nele que a puxava para mais perto. Daemon tinha uma aura que o tornava irresistível, como se o perigo fosse o mais sedutor dos convites.

- Cuidado com suas palavras, meu príncipe, - você sussurrou, tentando manter o controle da situação. - Jogar com fogo pode ser perigoso.

Ele sorriu, um sorriso que não tinha nada de gentil.

- Ah, minha lady, eu sou o fogo. E você já está se queimando.

Antes que pudesse responder, sentiu a mão dele em sua cintura, firme, puxando-a contra o corpo dele. O calor entre vocês era palpável, e sua mente gritava para se afastar, mas seu corpo já havia se rendido ao desejo que Daemon despertava. Quando seus lábios finalmente se encontraram, foi como uma explosão. Não havia ternura ali, apenas necessidade bruta.

O beijo de Daemon era possessivo, faminto, como se ele já soubesse que, de alguma forma, você pertencia a ele. E, por mais que tentasse lutar contra a ideia, o desejo era avassalador. Você sentiu as costas contra a parede de pedra da sacada, o corpo dele firme contra o seu. Suas mãos exploravam seu corpo com uma urgência que deixava claro que aquilo não era apenas um jogo para ele, mas uma tomada de posse.

- Você não deveria... - tentou murmurar entre beijos, mas as palavras saíam fracas, sem convicção.

- Não deveria? - Ele se afastou apenas o suficiente para olhar nos seus olhos, um brilho perigoso no olhar. - E por que não? Porque sou o dragão que consome tudo o que deseja? Porque você sabe que, uma vez que cair nas minhas garras, não haverá volta?

Ele tinha razão, claro. Daemon Targaryen não era um homem que tomava as coisas pela metade. Tudo nele era intenso, e estar ao lado dele significava ser consumida completamente. Mas, naquele momento, você não se importava. Não havia como resistir ao fogo que ele acendia em você.

- Não tenho medo de me queimar, Daemon, - você sussurrou, os olhos desafiando-o.

Isso pareceu acender algo ainda mais intenso nele. Daemon sorriu, um sorriso cheio de malícia, e voltou a beijá-la com uma fome renovada. Cada toque, cada movimento era uma declaração silenciosa de domínio, e você se viu correspondendo com a mesma intensidade.

O vento frio do Vale parecia desaparecer completamente enquanto o calor entre vocês tomava conta. Não havia mais política, não havia mais negociações. Apenas desejo.

- Você me deseja, - ele murmurou contra seus lábios. - Tanto quanto eu a desejo.

Você não respondeu com palavras. Não precisava. Seu corpo já havia dado todas as respostas que Daemon precisava. E, naquele momento, soube que, por mais perigoso que fosse, já estava perdida para ele.

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