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Aquele mês passou voando.

Quando Harry percebeu, já estava virando mais uma página do seu calendário preso na porta de sua geladeira.

Serviu-se com seu café de manhã cedinho, sentou-se em seu sofá e enquanto seu olhar se perdia na sala de estar desorganizada, ele relembrava todos os acontecimentos do último mês.

Em agosto, tudo aquilo que ele conhecia havia mudado. Principalmente no que dizia respeito à sua relação com Louis.

Depois do... ocorrido, eles não conseguiram se olhar durante uma semana inteira. Encontravam-se nos corredores e desviavam os olhares, coravam e desejavam um bom dia. Sequer pareciam os mesmos Harry Styles e Louis Tomlinson de sempre.

Mas também, Harry mal tinha tempo para lidar com a sua timidez. Ele estava muito ocupado se adaptando ao seu novo emprego.

Lizzie era adorável, apesar de muito apegada à mãe. Diversas vezes durante o dia, a bebê engatinha por todos os cômodos da casa procurando pela mãe e, quando não acha, chora por uma hora seguida.

Esse problema só foi amenizado na terceira semana de trabalho, quando Harry descobriu que ela adorava assistir videoclipes famosos. Então quando ela chorava, ele conseguia entrete-la melhor agora.

Acostumar-se com as manias de Lizzie foi difícil e um pouco demorado, mas valeu a pena. E valeu também muita energia, fazendo com que Harry chegasse exausto em casa no começo da noite.

Catherine se sentia ainda mais abandonada, entendia o amigo, é claro, mas não deixava de dramatizar ao telefone.

"Oi, sumido..."

- Desculpe...

"Tudo bem, eu acho", Harry praticamente podia ver o seu bico dramático. "Quando vamos poder tomar um café e fofocar? Tenho tantas novidades."

Harry aproveitou que Lizzie estava cochilando, sentou-se no sofá luxuoso da mansão e se aconchegou para falar com Catherine no celular.

- Fale por aqui. Dá no mesmo. - Deu de ombros, mesmo que ela não pudesse ver.

"Você é o pior melhor amigo do mundo. Como eu vou contar tudo sobre o amor da minha vida pelo celular?"

- Contando... Como ele é? - Harry mordeu o lábio curioso.

"Tão lindo", ela suspirou, "acho que eu encontrei minha outra metade da laranja."

- Você sempre diz isso.

"Como vocês é anti romance! Ele é tão lindo, tão doce, um cavalheiro... Você precisa conhecer ele!"

- Com certeza.

"Você só não vai gostar de uma coisa..."

- O quê?

"Quem me apresentou ele foi..."

Harry sentiu um arreppio atravessar a sua espinha. Ah, não.

"...o Louis"

- Argh, Cat! Por quê?!

"Ele tava me perguntando sobre você, normal, mas o amigo dele tava me distraindo e eu peguei o celular dele"

- Cat, isso é literalmente traição, como você pôde fazer isso comigo?

"Hazz, ele é o amor da minha vida!"

Harry choramingou e esperneou, mas ele tinha que desligar pois Lizzie tinha acordado e seu chorinho era transmitido pela babá eletrônica ao seu lado.

- Preciso desligar, Cat. Depois nós falamos.

"Antes de você desligar, eu... Eu passei seu número pro Louis em troca do celular da minha alma gêmea. Tchau. Te amo. Não me odeie."

Ela falou tão rapidamente antes de ela mesma encerrar a ligação que quando Harry entendeu o que ela disse já era tarde demais.

Ele se deu um segundo para resmungar sozinho e foi cuidar da bebê.

Foi no final do dia, antes de finalmente ir para o seu lar doce lar, onde descansaria com seu cachorro doce cachorro, Harry bateu na porta de Louis. Não demorou muito para que ele abrisse a porta, revelando um Louis já de pijamas e cabelo bagunçado. Mas o que mais chamou a atenção de Harry foi o braço direito livre.

Ele iria confrontar Louis, jura que iria. Diria a ele para não ficar o procurando como um maníaco obcecado.

Mas não foi bem isso que aconteceu.

Na verdade, eles acabaram a noite assim como há algumas semanas. E isso virou uma rotina.

Harry descobriu que Louis realmente tinha seu número de celular agora, pois durante a metade da semana seguinte, vem enviou uma mensagem.

"Passa na minha casa antes de ir para a sua ;)"

Apesar de ser um número desconhecido, ele sabia exatamente quem era.

E foi assim que os dias foram se passando. Na maioria dos dias, após o trabalho, ele batia na porta de Louis. Talvez ele voltasse para casa antes de amanhecer, talvez não.

As mensagens ficaram mais recorrentes e agora na casa de Louis tinha um pote de ração e alguns brinquedos de Gatsby, para que ele não ficasse muito sozinho.

Harry gostava da rotina. Tomlinson não era tão insuportável quando eles estavam transando. E isso durou até o outono chegar no final de setembro.

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link pra mini playlist da fanfic na minha bio. se quiserem podem comentar aqui sugestões de músicas para adicionar lá :)

Babysitters 𖹭 ls [mpreg]Onde histórias criam vida. Descubra agora