capítulo 11

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                          Atenção!

O capítulo a seguir contém descrição explícita sobre violência sexual, para aqueles que não se sentem confortáveis lendo o início e o final da cena será delimitado pelo seguinte emogi(🚫).

Boa leitura!



                              𝕻𝖆𝖗𝖐

Audácia.

Se existe uma palavra que eu posso de fato me intitular seria essa, talvez com um pouco de cautela. No entanto, a alguns dias atrás eu comecei duvidar desse conceito, que até então, eu tinha formado sobre mim.

Comecei a pensar que talvez a vida monótona de encontros em cafés e andar de mãos dadas na praia não seja tão insignificante assim.

Talvez, penso eu, sorri enquanto cozinha pensando em qual será a reação daquela pessoa e logo depois ver seu sorriso doce ao observar você fazer algo, seja o que esteja faltando.

Nunca pensei que traria alguém até aqui, confesso que inicialmente foi apenas por impulso mas, agora que os raios do sol que entram pela janela batem contra sua bochecha enquanto ele dorme sobre meu peito tenho a certeza de que de fato estou começando a deixar ele entrar por completo e fazer o que bem entende aqui dentro.

Sua boca forma um biquinho fofo, suas bochechas coradas e seus olhos um pouco inchados pelo sono é uma obra de arte. Jeon me abraça com tanta força que começo a pensar que ele tem medo que eu fuja.

Mas eu não vou fugir, eu não quero. Quero começar do jeito certo com ele em definitivo agora, não sei ao certo se as palavras vão sair por meus lábios mas, tenho certeza de que minhas ações serão mais que suficiente para provar que o quero.

Jeon se mexe afundando seu rosto no meu pescoço, posso sentir sua respiração leve, seu sono é tranquilo. Mesmo relutante ele me abraçou a noite toda e até ameaçou me esmagar sempre que eu me mexia.

Eu por outro lado não consegui dormir, passei a noite em claro pensando em como devo agir daqui para frente. Não posso deixar que Seojoon toque no meu garoto, não posso deixar que ele se machuque.

Não agora que o tenho em meus braços, não agora que ele está seguro. Se eu pudesse, se eu tivesse poder o suficiente eu o salvaria de tudo isso rapidamente e então poderíamos ir para algum lugar longe onde ninguém iria nos importunar.

O sinto remexer sobre mim, meu olhar busca o seu imediatamente. Jeon resmunga e se afasta um pouco coçando os olhos, parece atordoado e confuso, se senta sobre a cama e estala o pescoço.

Ele me olha e sorri levemente me abraçando e ficando sobre mim imóvel, parece que ainda está dormindo, seus braços apertam minha cintura com força.

—Bom dia Park!— diz abafado.

—Bom dia Luvinha!— ele ri baixo e me olha.

—Você realmente gosta desse apelido.— seu rosto afunda no meu pescoço novamente.

—Ainda não posso chamar você como eu quero chamar.— puxo sua mão direita para mim mexendo no seu anelar.—Mas vou dar um jeito nisso rápido.

—Eu ainda não conheço você.— seus dedos entrelaçam nos meus.—E você não me conhece Park.

Sinto um certo pesar na sua voz como se temesse algo, que eu descobrisse alguma coisa.

—Me conte o que preciso saber e o resto...— beijo sua mão.—Você pode me dizer quanto estiver pronto.

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