Capítulo 07

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                              𝕵𝖊𝖔𝖓

Três dias.

Eu fiquei sedado por três dias, aparentemente eu tive uma crise de pânico e o meu corpo decidiu que seria melhor me desligar, ao que parece meu cérebro evitou que algo pior acontecesse comigo.

Segundo o médico que veio me ver mais cedo o meu corpo foi exposto a um nível de estresse muito superior ao que ele é capaz de suportar, ele também me orientou a procurar um psicólogo - acho que na verdade ele queria me mandar pro psiquiatra.

Eu dei entrada no hospital na quinta feira às dez e meia da manhã, hoje é domingo e já são nove da noite. Quando acordei não sabia bem o que tinha acontecido, mas vovó estava no quarto sentada ao lado da cama e parecia muito preocupada, minha cabeça ainda estava tonta e eu estava exausto como se tivesse corrido uma maratona.

Foram dias difíceis para ela, eu sei, não é a primeira vez que nos encontramos nessa situação. Voltei a consciência às onze da manhã de hoje, estou acordado à dez horas, Seokjin veio buscar vovó para levá-la para casa e Sohee acabou de sair para tomar um café ou algo assim.

Eles passaram as últimas setenta e duas horas focados exclusivamente em mim, fazendo o possível para que eu melhorasse logo.

E apesar da preocupação e curiosidade eles não perguntaram nada sobre o que pode ter sido o gatilho para que meu corpo precisasse agir dessa forma, agradeço eternamente por isso.

E agora que estou sozinho me pergunto como deixei as coisas chegarem a esse ponto, as lembranças dos minutos antes que eu apagasse estão se restaurando aos poucos.

Acho que o ambiente ajuda de certa forma, tudo parece normal daqui de dentro, parece que não tenho que me preocupar. Observo o quarto atentamente.

O silêncio presente nele é bom, as paredes brancas trazem uma tranquilidade ainda que inexistente, a iluminação confortável para os olhos, as poltronas de estofado branco, as plantas naturais bem cuidadas, o atendimento rápido. Parece ser bem caro, e mesmo que eu saiba que vovó pode pagar, fico intrigado em saber se realmente foi ela que me pôs nesse quarto.

As últimas horas foram conturbadas, vovó foi quem chamou o médico assim que acordei, ele pediu que fizessem uma enorme lista de exames para descartar qualquer outra possibilidade de doença física, senhor Kim entrou na sala assim que foi permitido a entrada de visitantes e ele parecia bem agitado, eu acho.

Ele ficou um tempo, e me fez algumas perguntas estranhas que não costuma fazer, coisas do tipo: Você quer alguma coisa? Quer que diminua o ar condicionado? Quer roupas limpas para trocar? Quer adiar a luta de sexta? Aconteceu algo antes que eu entrasse no vestiário?

Parecia que eu estava em um interrogatório, mas sua expressão suave me tranquilizou. Almocei a comida caseira da vovó e passei a tarde assistindo filmes com Sohee, também recebi várias menssagem dos meninos. Eles realmente estavam preocupados.

Apesar de não lembrar algumas coisas, eu sei perfeitamente porque estou no hospital e sei quem me colocou aqui, e sei que tinha um encontro com ela ontem. Não soube de notícias dela, ela também não mandou nenhuma menssagem, nem ameaças.

Estou cansado disso, cansado demais. Escuto duas batidas na porta, assim que dou permissão para que entre a pessoa abre a porta cuidadosamente. Então sinto que vou desmaiar de novo.

Nunca comemore cedo demais, eu sei disso, mas achei que teria tempo até ter que lidar com isso. Mas quando Chaeyoung entra no quarto e fica parada ao pé da cama me encarando, sinto que preferia ter morrido.

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