16 - Talk

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Voltei! Como estão? Consegui corrigir o capítulo hoje, espero que gostem dele. Aqui na minha cidade está terrível de quente, na de vocês também ou apenas aqui foi sorteado? =/

Boa leitura e não esqueçam da estrelinha *-*


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Hoje simplesmente não era o meu dia.

Era um domingo de sol e eu deveria estar feliz, mas não era o caso. Eu simplesmente não tinha nada para fazer. Literalmente nada. Nem ao menos um trabalho, tarefa ou exercício. Eu já tinha colocado meus assuntos em dia, organizando minha mesa e meus desenhos. Tentei treinar com o violino, mas não consegui me concentrar o suficiente, sempre ficava errando a mesma coisa então desisti. Tentei desenhar, mas eu fiquei tão imersa na minha mente que quando notei já tinha desenhado dois olhos castanhos muito conhecidos por mim.

Então decidi parar também.

Agora estava olhando para o teto do meu quarto sem nada para distrair minha mente. Tentei dormir, mas depois de cinco minutos a ideia não me pareceu mais tão boa, meus olhos caíram sobre a mesa e observei o caderno que Becky me deu de presente. Mantive o foco apenas nele para que minha mente não divagasse e me levantei decidindo escrever algo.

Peguei o lápis, mas ele caiu da minha mão. Me inclinei para pegá-lo e quando subi senti minha cabeça bater na escrivaninha. Fechei os olhos com força e massageei o local tentando amenizar a dor. Abri uma página em branco e quando pressionei o lápis a ponta quebrou me fazendo suspirar.

É algum tipo de brincadeira?

Depois de apontar e pressionar levemente a ponta no papel eu comecei a escrever. A data do dia seguinte presa na minha mente me fez voltar naquele tópico que tento esquecer a todo custo.

Por que é tão difícil esquecer você?

[...]



Eu sabia que guardar aqueles cartões não seria uma boa ideia, mas eu tinha escolhido obedecer minha mãe e agora estou com essa sensação esquisita. Queria ter tido a coragem de jogar fora, mas eu estaria mentindo se dissesse que conseguiria fazer isso facilmente. Acho que o máximo que faria seria deixar na casa dos meus avós em alguma caixa de recordações.

Olhei pela última vez o cartão de feliz aniversário com a assinatura do meu pai e me forcei a guardá-lo junto dos outros. Tentei empurrar aqueles sentimentos de mágoa, frustração e saudades para o mais fundo que conseguia e peguei minhas coisas para ir à faculdade. Tenho que fazer algo para me distrair.

Hoje mais do que nunca eu preciso disso.

Depois de estacionar eu fui para as minhas aulas e segui meu dia normalmente. Era só mais um dia como qualquer outro, era o que repetia para mim mesma. Na hora do intervalo, estava com Oliver e Nam e eles me convenceram a escutar um audio deles cantando de um jeito muito esquisito em um karaokê, mesmo que meus ouvidos gritassem eu acabei rindo um pouco e isso aliviou um pouco o peso no meu coração, embora não o suficiente.

— Acho que já podemos nos inscrever em concursos — Oliver bateu seu ombro com o de Nam.

Ela rolou os olhos.

Claro! No dia que eu concordar com isso pode me internar que estou louca.

— Qual foi, Nam? Já imaginou a gente ficando famoso? — Ele retrucou.

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