9 - Murder on the Orient Express

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— Se precisarem de algo, vou estar assistindo tv.

— Obrigada, mãe.

Nam também agradeceu perto da entrada do meu quarto. Depois que ela passou por mim eu fechei a porta e virei para ir em direção a minha mesa de estudos e verificando se não tinha nada fora do lugar.

— Eu adorei sua mãe! — Nam falou se deitando na minha cama — Ela é tão divertida.

Balanço a cabeça.

— Ela realmente é.

Pelo canto do olho eu vejo ela analisando meu mural com fotos, desenhos e rascunhos que ficava próximo da minha cama. Seus olhos fitavam minuciosamente todos os detalhes e por poucos segundos me senti um pouco envergonhada. Tinha algum tempo desde que outra pessoa tinha visto algo tão pessoal.

— Você desenha tão bem — Ela murmurou sem tirar os olhos das fotos — Isso aqui era de onde você morava?

Vi para onde ela apontava e acenei positivamente.

— Na verdade é onde meus avós moram e onde passei os últimos meses antes de nos mudarmos.

— É lindo. Acho que nunca visitei essa cidade antes.

— As paisagens naturais são incríveis — Falei tirando os papéis espalhados na mesa e os organizando em uma pilha — Fiz vários desenhos, mas nunca cheguei a conseguir pintar tudo.

— É incrível. Eu não consigo nem fazer um círculo direito — Ela diz tão sinceramente que eu acabei rindo.

— É questão de prática.

Nam se virou para me olhar e sorriu.

— Na verdade, tem a ver com talento.

Senti que estava vermelha, então virei o rosto e avistei minha polaroid. Peguei ela nas minhas mãos e estava me encaminhando para guardá-la quando uma ideia surgiu. Primeiro verifiquei se tinha filme para revelar e então fui me sentar ao lado de Nam na cama.

— Vem, vamos tirar uma foto — Falei posicionando de uma forma que pegasse as duas.

— Espera! Espera!

Nam se levantou e jogou sua cabeça para frente. Olhei um pouco assustada pensando o que diabos estava fazendo, mas depois que ela voltou a se sentar eu percebi que estava arrumando o cabelo... de um jeito estranho, mas estava. Contive a risada enquanto ela se posicionava e então depois de sorrir eu apertei o botão.

Esperei até que nossa imagem aparecesse e vi que ela se levantou e começou a olhar minhas prateleiras.

— Você é muito nerd, Freen!

— Isso é uma coisa ruim?

Nam puxou uma hq da liga da justiça e folheou algumas páginas.

— Não, eu acho legal. Não entendo nada de super-heróis, mas gosto dos filmes.

Desviei a atenção para a foto e vi que já estava pronta.

— Veja, quer tirar outra ou essa está bom?

Nam olhou a foto que lhe estendia e acenou com a cabeça em aprovação.

— Eu quero bem no centro do mural, para quem ver entender que sou importante.

Deixei escapar uma risadinha, mas fiz como ela disse. Passou algum tempo quando o seu telefone tocou interrompendo o curto silêncio que se instalou no quarto. Nam puxou o aparelho do short e depois de verificar o nome ela deslizou para atender.

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