Sim, eu demorei, mas aqui estou com mais um capítulo. Eu fiz um pouquinho maior para compensar, espero que gostem e não esqueçam de dar o feedback é muito importante para mim saber se estão gostando do andamento, esse aqui é um daqueles clichês para relaxar hehe sem plot's mirabolantes.
Eu não corrigi direito, então me desculpem pelos erros. Mais tarde, se tiver tempo eu irei consertar. Ah eu postei uma shortfic desse mesmo casal, se estiverem interessados ela esta no meu perfil, se chama "dicas de conquista" e já esta concluída.
Não esqueçam da estrelinha!
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Eu não estava dormindo há alguns minutos, apenas escutando o som de alguém revirando as coisas dentro de casa. Apertei os olhos com força e tentei voltar a dormir, mas eu sabia que não conseguiria, era inútil tentar, então apenas fiquei parada e esperei, mas diferente das outras vezes eu escutei a porta do meu quarto abrir.
O som da porta rangendo me fez abrir os olhos e eu fitei a parede branca do lado da minha cama. Escutei mais uma vez o som das coisas sendo mexidas e então um xingamento ser sussurrado, suspirei sentindo meu peito doer e finalmente tomei coragem para me sentar na cama e observar meu pai.
Ele parecia apressado, suas mãos vasculharam minhas coisas no armário e eu sabia que ele estava procurando algo de valor que pudesse vender. Eu me sentia mal por ele, por mim e principalmente por minha mãe. Queria lembrar quando este inferno começou, mas eu não conseguia, simplesmente parecia ser desse jeito desde sempre, mas eu sabia que não, só parecia uma lembrança muito distante do que realmente já foi um dia. Suas mãos agarraram o case do meu violino, aquele que minha mãe levou meses economizando para comprar e finalmente abri minha boca para intervir.
— Isso não — Minha voz cortou o silêncio.
Ele se assustou e seus olhos cravaram nos meus do outro lado do quarto. Observei sua respiração descompassada, podia ver um brilho de suor em sua testa e soube que ele não estava normal.
— Eu sei — Sua voz soou baixa e rouca.
Eu me levantei e peguei meu bem precioso de suas mãos trêmulas. Ele não fez resistência alguma e deixou que eu tomasse de si o que não lhe pertencia, depois de guardar no local de sempre eu fui até meu cofrinho na penteadeira. Não tinha muito, mas talvez servisse para o que ele queria. Sabia que não deveria alimentar seu vício, mas não é como se pudesse lhe impedir.
— Tome — Entreguei a quantia de dinheiro.
— O que é isso?
— Ganhei numa competição escolar, pode levar.
Seus olhos, irritantemente parecidos com os meus, me fitaram com certa dúvida, deu para ver que ele estava se decidindo se pegaria ou se deixaria para outro dia, um em que eu não estivesse acordada. Acredite, não foi a primeira e tenho certeza que não seria a última vez.
— Obrigado — A voz dele estava embargada, era sempre assim, ele chorava, mas não fazia nada para mudar — Vou devolver.
— Não me importo. Feche a porta quando sair.
Voltei para minha cama e limpo as lágrimas que caíram sem o meu consentimento. Escutei a porta bater e então seus passos se afastando pelo corredor.
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Sunshine
FanfictionFreen achava que sua mudança para Londres seria apenas uma nova fase em sua vida, sem grandes reviravoltas, até que conheceu Becky. Gradualmente e à medida em que ficavam mais próximas, Freen começou a perceber que suas convicções sobre evitar criar...