18. A minha primeira consulta

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Eu e Kai, quando chegamos a cozinha acabamos por nós separar e cada um foi para um lado. Rikashi estava a conversar com as outras meninas, e eu não queria me intrometer, então fiquei na minha.

── Makio, poderia vir aqui na cozinha comigo me ajudar com alguns pratos de ontem a noite por favor? ── Misaki me perguntou.

── claro, já estou indo. ── me levantei de minha cadeira e fui até ela que estava secando as suas mãos no guanapo.

Ergui as mangas da minha blusa e comecei a lavar aquela louça. Por sorte, ela não estava com muita gordura e ela já tinha tirado os restos de comida que sempre acabava sobrando.

── Makio, quero te informar que iremos daqui a pouco para a sua consulta. Eu vou te pagar lá, conversarei oque for preciso com a doutora Shiba, e logo irei embora em busca de funcionários para o orfanato. ── ela suspirou.

Já dava para ver que o lá estava ficando cansada. Já que normalmente as tarefas domésticas eram entre shinsou e Ichiro, que agora está preso. E shinsou não esta mais conseguindo dar conta de tudo sozinha.

── Pesso que novamente se lembre da conversa que tivemos. Ela realmente vai poder te ajudar garoto que está com algo que não consegue lidar e nem mesmo demonstrar.

── Eu estou bem.

── essa é a maior mentira que alguém pode contar... Se não conseguir conversar com ela como queira, me avise. Eu posso acabar ajudando em uma coisa ou outra está bem?

── sim. Mais acho que não deve ser tão ruim assim.

[...]

Eu retiro tudo oque eu disse. Eu já estou me estressando com tudo isso. Estamos em um... Eu novamente esqueci o nome. Mais é como se fosse uma ala médica apenas para pessoas que estão com problemas mentais. E quase um manicômio, a única diferença que se pessoas não estão amarradas aqui.

Estou sentando em um banco enaindo vejo Misaki conversando com alguém. Ela não conversava mais com o recepcionista do local, e sim com a doutora Shiba que ainda não avia conseguido a ver. Apenas os seus saltos pretos e grandes podiam ser identificados.

── Makio eu já estou indo. Vá com a doutora Shiba até a sala dela. Lembre-se do que nós conversamos.── ela fez um carinho com meu rosto, especificamente em minha bochecha.

── está bem. Vou me comprometer ── fiquei feliz com o carinho. Uma pena que não durou muito.

Quando ela foi embora, eu finalmente me virei para ver a doutora Shiba. Ela é linda, uma palavras que pode a descrever.

── poderia vir comigo Makio? Posso te chamar dese jeito ? ── perguntou

── não. Me chame de Keiso, e sim eu posso ir com você .

── está tudo bem então, venha comigo

Nós dois fomos até a sala dela. Quando entramos eu vi um sofá grande, um pufe no chão, logo na frente uma mesa transparente de vidro e uma cadeira, aonde ela ficaria sentada.

── bom Makio, a senhora Misaki me falou sobre você, e me disse que perdeu a sua mãe muito sedo, menos de um ano certo?

── sim, vai fazer alguma meses já .

── Ela disse que você não gosta muito assim de tocar no assunto e quando fala só diz que ela morreu e o motivo certo? ── acenei com a cabeça ── olha, eu sinto lhe enformar mas, aqui você terá que ficar bastante nesse assunto ok?

── está bem, não vejo problemas.

── garoto, você me lembra alguém. E eu sei que não gostaria que eu contasse oque você diz aqui dentro saia para as pessoas de fora. Então pesso que tente confiar em mim. Oque eu e você conversarmos aqui dentro, não sairá desta sala.

"Acha que eu sou burro?"

── se é por isso ... Tudo bem então, fico até mais leve ── dei um sorrisinho.

── bom quero me fale como era a sua vida com a sua mãe ?

"Vagabunda."

── era ótima. Não tenho do que falar.

── hmm, e com os seus tios ?

"Horrível"

── era boa também

── mas o porque eles tiveram que te deixar aqui no orfanato ?

── eles estavam com problemas financeiros. Minha tia não estava trabalhando. E o meu tio não estava recebendo muito bem .-

── foi só por isso? Mas como era a relação com a sua mãe com a família?

── a minha mãe não costumava ir nas festas llu alho do tipo. Eu também não gostava, era muito barulhento

── ahh, tinha música alta ?

── sim. E quando os meus outros tios e meu vô bebem eles começavam a gritar, era engraçado.-

"Eu conseguia pegar o dinheiro da carteira deles facinho depois"

── que bom. Mas tinha algo que você não gostava, como alguém?

"Minha vó"

── hmm... - pensei um pouco.

Se eu... Tirar proveito?

── a minha vó.

── por que a sua vó? Ela fez algo para você ?

── ela não gostava da minha mãe.

── sabe o motivo? ── ela se sentou mais firme.

── a minha mãe era muito bonita, muito bonita mesmo. A minha vó tinha inveja dela por isso. Era oque diziam.

── hmm, a sua mãe era bonita?

── muito. Quando saíamos na rua, todo mundo olhava para ela .

"Minha primeira verdade cem porcento"

── isso era bom? Muitos homens ficavam dando em cima da sua mãe?

── eu não gostava muito. Mas a mãe sempre recusava e dizia que não estava a procura de relacionamento.

── bom, agora vamos ir para um assunto que você pode não gostar mais ainda está bem ? Quero saber o básico da sua vida para dia começarmos a ir ao poucos. Você conheceu o seu pai?

Quando a doutora disse isso ela estava nervosa, dava para ver a forma que ela segurava o caderno. Como mexima as vezes no seu cabelo

── Não. Eu nem sei o nome ou a aparência dele. E quando eu pergunta para a minha mãe ela dizia que não me podia me contar ainda por que eu era muito pequeno.

── sentiu curiosidade ?

── muita !

── ... E o resto da sua família, como se sentiu ao saber que sua mãe avia engravidado?

── não foi muito bom... Ficavam falando que seria o fim da vida dela. Não entendi bem.

── hmm. E a sua escola ? Pelo oque eu soube você estuda a tarde, como é lá ?

── tranquila ── " oh não menti de novo, estou tão decepcionado comigo mesmo. Só que não "

─── my father is dangerous | manjiro sano Onde histórias criam vida. Descubra agora