IX

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Capítulo IX

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Capítulo IX

Jasper POV

As palavras dela me atingiram como um golpe, cada uma cortando profundamente. Ela estava certa, embora eu odiasse admitir. Marie  precisava  de minha presença. Ela precisava de mim e no fundo eu também precisava dela. 

O silêncio que se seguiu foi sufocante, minha mente em turbilhão. Carlisle observava de perto, como se ponderasse cada movimento meu, enquanto Edward se mantinha firme ao lado de Bella, os olhos fixos em mim, esperando minha decisão.

Finalmente, depois de uma eternidade que parecia ter se passado em um único momento, dei um passo para frente. Meus ombros estavam pesados, a culpa ainda pesava sobre mim, mas havia uma nova determinação.

Sem olhar para trás, deixei a casa em velocidade vampírica, correndo em direção à floresta que se estendia além do horizonte. O ar frio tocava em meu rosto, enquanto eu me movia. Eu não precisava dizer nada; meu orgulho não me permitia. Mas sabia que Edward, com sua habilidade de ler pensamentos, transmitiria minha decisão ao resto da família. 

Enquanto corria, os pensamentos de Bella ecoavam em minha mente, seu apelo desesperado por Marie, sua convicção de que eu poderia fazer a diferença. Isso me impulsionava a seguir em frente, a não hesitar. Não por mim, mas por Marie.

Finalmente, o cheiro de um cervo chegou até minhas narinas, nítido e próximo. Parei, agachando-me, preparando-me para o ataque. O cervo pastava tranquilamente, sem a menor ideia do predador que o observava. A fome, embora dominada pela culpa e pela dor, rugia dentro de mim, me forçando a agir.

Com um movimento rápido, silencioso como a brisa, saltei em sua direção. Meu corpo atravessou o espaço entre nós em um piscar de olhos, e antes que o animal pudesse reagir, já estava sobre ele. Minha mão segurou seu pescoço com firmeza, virando sua cabeça para o lado, expondo a jugular pulsante. O calor do sangue atravessou minha pele assim que minhas presas penetraram a carne, e o fluxo quente e vital começou a correr pela minha garganta. Cada gole era um passo para recuperar o controle, uma tentativa de apagar os horrores que havia cometido. Mas, enquanto o sangue saciava a sede, a culpa continuava presente, enraizada, impossível de ser eliminada.

Marie POV

Quando voltei a mim, a realidade me atingiu como um soco. Eu estava deitada na cama, o corpo exausto, suado, e com os músculos doloridos da última crise convulsiva. As paredes do chalé pareciam fechar-se sobre mim. Eu sabia que as coisas estavam piorando. A cada dia que passava, parecia que meu corpo se entregava um pouco mais à doença, e a luz da esperança, que um dia brilhou dentro de mim, agora era apenas uma fagulha distante.

Carlisle estava ao meu lado, seus olhos gentis, mas carregados de preocupação. Ele fazia tudo o que podia com os recursos limitados que tinha ali. A dor em seus olhos refletia a dor que eu sentia no meu corpo. Quando ele mencionou a possibilidade de me levar ao hospital, algo dentro de mim quebrou. Lágrimas encheram meus olhos, e, antes que pudesse me conter, comecei a chorar.

Primeiros dias ao seu ladoOnde histórias criam vida. Descubra agora