07.

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                        ||𝑪𝒍𝒂𝒓𝒊𝒔𝒔𝒆/ 𝒍𝒚𝒂𝒉||💫

Acordei hoje me sentindo estranha, como se estivesse me equilibrando um campo de flores e espinhos dentro de mim. A calmaria na manhã,por ter uma noite maravilhosa com Leo, contradizia a tempestade que eu estava sentindo.

Sair do apartamento do dele sem um tchau ficou martelando na minha cabeça. O que ele deve estar pensando de mim agora? Tentei espantar esses pensamentos, mas eles voltavam a me assombrar.

Hoje tenho uma sessão de fotos, e no estúdio, minha mente insiste em girar em torno dele. A ideia de nos esbarrarmos no elevador me deixou inquieta, então me apressei para sair mais cedo.

- Tudo pronto para você, Aaliyah! - A maquiadora me chama, e seu tom me puxa de volta à realidade. Forço um sorriso e digo
- Sim, vamos lá! - Sigo até onde irei tirar as fotos, mas já estou pensando em mais tarde, quando vou buscar Bia na faculdade, pra gente ir na casa da minha mãe. Ela precisa ouvir tudo isso, preciso de um conselho dela. Mas não sei como falar isso a ela,nossa relação é maravilhosa, somos amigas,ela sempre me deixa segura pra contar tudo a ela.
(...)

Chego na porta da faculdade da bia e logo avisto ela me esperando. Ela abre a porta e se joga no banco do carona.

— Oi, meu amor! - diz, dando um beijo na minha bochecha. Retribuo, levando uma onda de aconchego ao meu coração.

—Vamos! A tia me mandou mensagem dizendo que fez bolo e eu tô varada de fome!

Ela diz e eu ligo o carro e durante o trajeto, Bia pergunta.

— E aí, quais as novidades? - Um frio na barriga me invade.
- Eu... transei com o Léo. - O silêncio no carro é palpável.

— AMIGAAA, como assim?! Conta tudo Respiro fundo antes de continuar.
— Eu estava na sacada e ele apareceu na sacada ao lado, perguntando se eu gostei do encontro. Eu disse que sim, principalmente do beijo. - A expressão dela, de puro espanto, é tudo que eu consigo ver.

— E depois? ela pergunta, com os olhos brilhando de curiosidade.

— Ele me convidou para o apartamento dele, só para pegar o número dele e... bem, rolou. Bia coloca a mão na boca, surpresa.

— E o pior.- eu continuo. - é que fui embora assim que ele dormiu. - Por quê? - ela pergunta, confusa.

— Sei lá. Pareceu estranho ficar ali. Faz tempo que eu não me envolvo com alguém de verdade, sempre foi casual. Não quero conversar com ele depois desse acontecido , mas também não quero sumir da vida dele.

A ansiedade aperta meu peito e, ao mesmo tempo, uma esperança começa a brotar. De que talvez ele esteja conseguindo me fazer baixar minha guarda.

(...)

— Manhê, chegamos!

— Tô na cozinha! - ela respondeu . - Bia, como sempre, jogou suas coisas no sofá e fomos até ela.

— Oi, princesas! minha mãe exclamou, abrindo os braços para nos receber.

— Oi, mãe! respondi, dando um abraço demorado. - Após me soltar, Bia já estava pronta para dar um abraço.

— Oi, tia! Fiquei pensando em comer o bolo que você fez o dia inteiro!

— Então agora você mata sua vontade. - disse minha mãe entre risos, pegando o bolo com cobertura de chocolate e colocando na mesa. Nós nos sentamos para comer. Bia foi a primeira a tirar um pedaço, colocando no prato, e, em seguida, minha mãe fez o mesmo. Mas eu, perdida nos meus pensamentos sobre Léo, olhei para aquele bolo delicioso sem fome alguma.

𝐍𝐄𝐈𝐆𝐇𝐁𝐎𝐑'𝐒|𝐿𝐸𝑂 𝑂𝑅𝑇𝐼𝑍Onde histórias criam vida. Descubra agora