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                         ||𝑪𝒍𝒂𝒓𝒊𝒔𝒔𝒆/ 𝒍𝒚𝒂𝒉||💫
                            𝑹𝒊𝒐 𝒅𝒆 𝑱𝒂𝒏𝒆𝒊𝒓𝒐

Depois de uma longa viagem de São Paulo para o Rio, finalmente cheguei em casa. O cansaço pesava no corpo, e a única coisa que conseguia pensar era em um bom banho. Soltei a mala no chão, fui direto para o banheiro e deixei a água quente lavar o dia estressante.

Quando saí, já mais relaxada, percebi que a fome estava me matando. Pedi um lanche pelo aplicativo e aproveitei para acender um incenso de camomila,perfeito para apaziguar os ânimos e acalmar o sistema nervoso.

Me joguei no sofá, respirando fundo o aroma suave que invadia o ambiente, enquanto esperava a comida. O cheiro da camomila me trouxe uma paz inesperada depois de um dia tão caótico. Passei um bom tempo ali, sem pensar em nada, até que ouvi batidas na porta.

Quando abri, dei de cara com ele. Leo, com aquele sorriso que sempre parecia iluminar o ambiente.

- Oi - ele disse, rindo de leve. Eu sorri de volta e dei espaço para que ele entrasse.

- Oi. Chegou que horas? Senta aí, pedi um lanche. Se quiser, divido com você - falei, apontando para o sofá.

- Nossa, eu tô morrendo de fome! Cheguei faz pouco tempo apenas tomei banho e vim pra cá.- ele respondeu, já se sentando. - E esse cheiro de incenso? Já tô me acostumando. É muito bom, né?

- Acendi um de camomila. Precisava acalmar os ânimos depois desse dia... - expliquei, sentindo o alívio no corpo só de lembrar.

Ele se aproximou, me abraçou, e sem dizer nada, me deu um beijo suave. Aquela simplicidade me fazia sentir tão confortável perto dele.

- Aliás, eu vou comprar um incenso pra você levar pro CT - disse, me afastando um pouco para me olhar nos olhos.

- Pro CT? - perguntou, rindo.

- Sim, um Palo Santo. Já ouviu falar? Os xamãs usavam para purificar o ar e limpar energia negativa. Aquele lugar ali tá com uma energia pesadíssima viu. - Ele deu uma risada. - Tenho até medo de você ir treinar lá e voltar lesionado.

- Ah, para! - fala rindo. - Tá difícil mesmo... Mas a gente vai sair dessa vitoriosos.

- Tomara, viu. - respondi, com um olhar mais sério por um momento, mas logo o sorriso voltou.

O interfone tocou, anunciando que o lanche havia chegado.

- A comida chegou! - disse, levantando para pegar nosso jantar. Já era tarde, quase uma da manhã, mas não me importava. Estar com ele me fazia bem. Muito bem.

Quando voltei, entreguei um dos lanches a ele e brinquei.

- Pra sua sorte, eu sou morta de fome e pedi dois lanches. Mas olha, dividir comida pra mim é um sacrifício, viu? Sinta-se especial!

Ele deu uma risada gostosa, aquela que me fazia sorrir sem nem perceber.

- Já me sinto especial só de estar aqui com você. - respondeu, me olhando com carinho.

Ele deu uma mordida no hambúrguer, e eu ri, passando a mão em seu rosto.

- Você é um fofo.

Ficamos conversando por um tempo enquanto comíamos, sobre tudo e sobre nada ao mesmo tempo. Era impressionante como sempre tínhamos assunto. Já passava das duas da manhã e continuávamos ali, trocando ideias.

- Vou fazer seu mapa astral qualquer dia desses, Mon Minou - brinquei, chamando-o de "meu gatinho" em francês.

Ele parou, claramente confuso.

𝐍𝐄𝐈𝐆𝐇𝐁𝐎𝐑'𝐒|𝐿𝐸𝑂 𝑂𝑅𝑇𝐼𝑍Onde histórias criam vida. Descubra agora