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                        ||𝑪𝒍𝒂𝒓𝒊𝒔𝒔𝒆/𝒍𝒚𝒂𝒉||

Depois de passar um tempo a família do Leo, eu me sentia mais leve, como se algo tivesse finalmente se encaixado dentro de mim. A viagem de volta para o Rio foi tranquila. No carro, ouvíamos uma playlist suave e conversávamos sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Leo sempre teve o dom de me fazer sentir confortável, mesmo nos momentos mais simples. Agora, sentia que estava cada vez mais difícil manter os pés no chão, como eu tanto queria.

— Sua família é incrível — disse, olhando para ele com um sorriso sincero. — E sua sobrinha é a coisa mais fofa.

— Ela gostou de você. Fiquei feliz com isso — Leo respondeu, desviando o olhar para mim por um instante, antes de voltar a focar na estrada. — Acho que todo mundo gostou de você, pra falar a verdade.

Ri, tentando disfarçar a leve ansiedade que ainda me rondava. Embora a família dele tivesse sido extremamente acolhedora, a ideia de estar sendo "aprovada" para entrar em um espaço tão importante da vida do Leo ainda era nova para mim. Era muita coisa para processar.

— Bom, fico feliz por isso. Não queria dar uma má impressão — brinquei, mas ele percebeu o tom nervoso por trás das minhas palavras.

Leo pegou minha mão, sem tirar os olhos da estrada.

— Você nunca poderia dar uma má impressão, Lyah. Você é incrível. — Ele apertou minha mão de leve, me lançando um sorriso tranquilo.

Fiquei em silêncio por um momento, apreciando a conexão silenciosa que compartilhávamos. Mas, por dentro, eu sabia que tinha muito mais em jogo agora. Estávamos juntos há pouco mais de um mês, e as coisas estavam se aprofundando de forma rápida, quase natural. O que me assustava era que, por mais que eu tentasse manter as coisas casuais, sabia que estava me apegando cada vez mais.

Quando chegamos ao Rio, subimos para nossos apartamentos, ele me deixou em casa e prometeu que nos veríamos em breve, depois de seus treinos. E foi para seu apartamento ao lado,não conseguia parar de pensar em tudo o que havíamos passado juntos até ali. E, claro, na pergunta que não saia da minha cabeça: o que nós éramos agora?

Ao entrar no apartamento, me joguei no sofá, exausta, mas com a mente a mil. Peguei meu celular e olhei para a pulseirinha no meu pulso, aquela com a inicial dele. Desde que ele me deu, não tirei mais. Era um lembrete constante do quanto ele já estava presente na minha vida, mesmo sem termos definido exatamente o que éramos. Mas será que eu estava pronta para dar um passo maior? Essa pergunta pairava no ar, e por mais que eu tentasse evitar, sabia que precisava lidar com isso.

Decidi mandar uma mensagem para a Bia. Ela sempre sabia como me fazer sentir mais centrada.

"Amiga, voltei. Conheci a família do Leo e foi tudo ótimo. Mas tô aqui, me perguntando... E agora?"

A resposta dela veio quase instantaneamente.

"Agora? Agora você precisa parar de surtar e aproveitar o momento, miga! Vocês estão se conhecendo, tá tudo fluindo bem, e ele gosta de você. Para de pensar demais e segue a onda."

Sorri para a mensagem, mas ainda sentia aquele nó no estômago. Mesmo que estivesse tentando "seguir a onda", como a Bia sugeriu, meu coração estava a passos largos na frente da minha cabeça.

Peguei meu laptop e abri uma série qualquer para tentar distrair a mente. Mas, claro, não funcionou. Meus pensamentos continuavam voltando para Leo, para o jeito como ele olhou para mim durante o fim de semana, e para a conversa que tive com o pai dele. Será que eu estava pronta para algo mais sério? Eu nunca fui do tipo que se jogava de cabeça em relacionamentos, mas agora, com Leo, as coisas pareciam diferentes.

𝐍𝐄𝐈𝐆𝐇𝐁𝐎𝐑'𝐒|𝐿𝐸𝑂 𝑂𝑅𝑇𝐼𝑍Onde histórias criam vida. Descubra agora