ʀᴇꜱɢᴀᴛᴇ

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Emma's POV


Acordei com o sol batendo no meu rosto.

— Regina.— Falei ainda sonolenta com os olhos fechados.— Regina! — Levantei em um pulo quando as lembranças da noite passada invadiu minha mente. — Regina!

— Estou aqui.— Olhei pra frente e vi Regina sentada na poltrona.

— Ainda bem.— Respirei de alívio.— Pensei que tivesse ido.— Levantei e comecei a calçar meus coturnos.— Acho que eu sei o que fazer. Dessa vez eu posso fazer alguma coisa.

— Não estou entendendo.— A morena perguntou confusa.

— Gina, quando nós nos conhecemos, eu repetia que você estava morta, mas era eu quem estava morta, você me trouxe de volta, você me salvou, e agora é a minha vez de salvar você.

— Como?— A latina perguntou esperançosa.

— Simples. Eu vou roubar o seu corpo.— Falei como se fosse óbvio.

Peguei minha jaqueta e saí correndo pelo apartamento, devo ter esquecido de trancar a porta, desci as escadas correndo e atravessei a rua sem olhar para os lados.

— Emma! Emma! — Regina vinha atrás me chamando.

— O que?— Perguntei enquanto procurava a chave do carro nos bolsos.

— Você não pode fazer isso.

— Por que não?

— Porque você vai ser presa!

— E daí? Eu não me importo em ser presa. Só vou roubar seu corpo para ganharmos algum tempo.— Regina revirou os olhos e suspirou revoltada.

— As coisas que você vai precisar pra me tirar de lá...

— Você vai me explicar pelo caminho. — Interrompi.

— Ok. Você vai precisar de uma van e de alguém sem escrúpulos. — Dei um sorriso malicioso. Eu tinha as duas coisas ao meu alcance.

Uma hora depois, Ruby e eu estávamos gritando pelas ruas de Miami dentro de uma van em alta velocidade.

— Para onde estamos indo? — Ruby perguntou com a voz ofegante.

— Pegar suprimentos médicos.

— O que? Não contou para ela? — A latina no banco de trás questionou desacreditada.

— Quieta!

— Tem que contar! Emma, eu estou achando essa mulher familiar. — Falou encarando Ruby.

— Você viu ela no bar.— Respondi.

— Viu quem no bar? — Ruby perguntou.

— Ninguém, deixa pra lá. — Mais um grito quando a van derrapou em uma curva.

— Estamos com toda essa pressa porque mesmo? — Ruby perguntou enquanto eu pisava no acelerador sem dó.

— Porque está tendo uma liquidação de cama de hospital, eu sempre quis ter uma.— Tentei soar convincente.

— Ótimo, agora vai ficar enfiada na cama. — Suspirou.

— Emma, você tem que contar pra ela.

— Ainda não.

— Ainda não o que? — Perguntou minha amiga.

— Ainda não chegamos. — Disfarcei.

— Ok, Emma, me conte a verdade. Sua amiga imaginária apareceu para brincar, né? — Preferi não responder. Minutos mais tarde e muitas multas depois, chegamos ao hospital tentando disfarçar o máximo que conseguimos e entramos na pequena sala de medicamentos.

𝐣𝐮𝐬𝐭 𝐥𝐢𝐤𝐞 𝐡𝐞𝐚𝐯𝐞𝐧 • swanqueenOnde histórias criam vida. Descubra agora