CAPÍTULO 13

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( Desculpe qualquer erro)

MAIARA CARLA.

Meu bebê, não! Minha filha nao!

- Eu sinto muito, Carla. - o homem velho me olhava com pena, isso não pode ser verdade. - fizemos tudo que estava ao nosso alcance, mas ela não tinha forças, estava fraca, você não cuidou dela.

Não, não, não! É culpa minha, tudo culpa minha!

- Você não cuidou dela, nao cuidou Carla. É sua culpa, você matou sua filha!

Senti meu peito doer como nunca, o choro molhava meu rosto todo. As palavras se repetiam várias e várias vezes em minha mente. É minha culpa!

- Ei, acorda. - uma voz distante fala, essa voz me é familiar. - Moça, acorda.

- Meu bebê! -  abri meus olhos desesperada colocando mão em minha barriga, já não sentia mais minha filha ali. - meu bebê, onde está?

- Ei, se acalme. - uma mulher loira segura meus ombros chamando minha atenção. - você não pode fazer muito esforço, preciso que se acalme.

Seu rosto, seus olhos. A voz, tudo combinava. Ela era a junção de traços perfeitos, ela era linda. Absolutamente linda, seus olhos castanhos me prendiam como nada nunca prendeu, e as poucas vezes que ouvi sua voz já foi o suficiente para saber que aquele som é o meu preferido em todo o mundo.

- Você está bem ? - ela me pergunta me tirando dos meus devaneios. - melhor eu te examinar, acho que...

- Estou bem. - falei no automático. - eu só quero saber do meu bebê.

- Esta bem mesmo ? - ela me olha com preocupação. - você está pálida, está fraca.

- Mas eu estou bem, só quero ver meu bebê. - falei a ponto de chorar. - me diz onde ele está, por favor.

- Ei, não se preocupe. - um sorriso de lado enfeita seu lindo rosto. - ela está bem.

- Ela ?

- Sim, é uma menina. Não se Lembra ? - ela diz e então as lembranças vem a tona. - você deu a luz a uma linda menina.

- Onde está ela ? Eu preciso vê-la. - falei pegando em sua mão macia.

- Hum... bem, ela está em observação. - Seu sorriso diminui um pouco. - ela nasceu prematura e muito fraca.

- O que ? Ela vai ficar bem, não é?

- Vai, mas só daqui um tempo. - sua mão aperta a minha. - você estava em situação de vulnerabilidade, está anêmica. Vocês vão ficar uns duas aqui no hospital, na verdade você vai ficar. Sua filha provavelmente ficará por mais tempo, ela precisa estar saudável para sair daqui.

Meu rosto que antes tinha um pontada de esperança se fechou de vez, como vou cuidar da minha filha lá fora ? Não tenho casa, suporte. Minha família está em outro estado.

- Eu... como vou cuidar da minha filha? - perguntei já pensando o pior. - Vão tirar ela de mim, eu não tenho teto, não tenho nada.

- Calma, vamos dar um jeito.

- Eu não quero perdê-la. - as lágrimas descerem por meu rosto. - não posso deixar que a tirem de mim.

- Não vão tirar. - ela me abraça de lado tentando meu tranquilizar. - não vou deixar que tirem ela de você.

Ali, meu choro se fez mais presente ainda. Há tanto tempo não recebo um abraço que a sensação de um me fez chorar mais ainda.

Meu choro foi cessando aos poucos, me dei conta que uma total estranha estava me confortando. Me separei lentamente dela e sequei meu rosto.

- Hum... você está com fome ? - ela pergunta me olhando meio sem jeito.

- Sim, um pouco. - falei baixo.

- Vou buscar algo para você comer. - ela diz se afastando um pouco.

- Ei. - chamei por ela antes que ela saísse. - qual seu nome ?

- Meu Deus, eu não disse meu nome ainda. E nem perguntei o seu. - ela coloca a mão na testa. - bem, meu nome é Marília. Marília Mendonça.

- Maiara Carla. - estendi a mão para ela, logo a sua se juntou a minha.

- Bem, Maiara. Você não tinha nem um documento quando te encontrei, jaja venho aqui para você assinar sua entrada no hospital.

- Hum... eu não tenho como pagar.

- Você não vai, é por minha conta. - ela disse abrindo a porta.- já volto, Maiara.

Ela sai sem dizer mais nada, estava em choque. Só pelo quarto que estou da pra saber, esse lugar deve custar uma fortuna. Tentei me tranquilizar com a notícia de que não teria que pagar pelos custos do hospital, mas a possibilidade de perder minha filha ainda me assombrava.

...

Depois de comer, me deitei novamente na cama. Sentia meu corpo pesado e um certo incômodo em minha barriga, Marília disse que tive que passar por uma cirurgia de emergência quando cheguei.

Tive hemorragia e por um pouco não perdi meu útero, ela disse que eu provavelmente fiz muito esforço nos últimos dias de gestação e isso causou o parto prematuro.

Apaguei em alguns minutos após tomar alguns medicamentos, senti a mão de Marilia na minha pouco antes de dormir. Seu toque era bom, sua pele incrivelmente macia, eu gostava disso.

...

- Marília, você nem conhece essa moça. - uma voz falava, era uma mulher. - como você quer levar uma desconhecida para a sua casa?

- Ela nao tem pra onde ir, Luísa! - Marilia fala em um tom baixo, porém se mantém firme. - eu sinto a necessidade de cuidar dela, da filha dela.

- Você nem as conhece.

- Mas Eu sei que ela não é má pessoa, eu vejo isso nos olhos dela.

- Você é muito inocente, sabia ? Vai que ela tenta te matar, ou te roubar?

- Ela não vai.

- Você não pode garantir isso. - assim que ela termina de falar eu abri meus olhos, me mexi minimamente mas acabei chamando a atenção das duas.

- Oi, Maiara. - Marilia que antes estava próxima a janela do quarto veio parar do meu lado. - está melhor ?

- Um pouco. - desviei meu olhar para a outra loira que se manteve parada.

- Maiara, essa é minha irmã Luísa. - ela diz olhando para a mulher que sorriu fraco. - ela é minha irmã mais velha.

- Prazer. - falei ainda olhando em seu rosto.

- O prazer é meu. - ela diz sem jeito. - lila, vamos conversar lá fora.

- Luísa, agora não. - a loira que está do meu lado nega. - depois falamos.

- Marilia, por favor...

- Não, agora não.

- Eu... eu não quero causar problemas. - falei olhando para Marilia. - eu ouvi a conversa de vocês, não quero roubar nada, ou matar alguém.

Desvi meu olhar para a tal Luísa, seu rosto estava paralisado.

- Eu agradeço sua ajuda, Marilia. - peguei em sua mão. - mas eu prefiro não causar problemas.

- Maiara, você não...

- eu só quero fazer uma ligação, só isso. - falei lhe olhando.

- Maiara...

- Preciso falar com a minha família, preciso dar um sinal de vida para eles.


[...]

Talvez eu poste outro mais tarde, não garanto nd.

Votem e comentem muito, meus amores. Até mais. Bjs muiito obrigado ❤️

too sweet/ mailila G!POnde histórias criam vida. Descubra agora