CAPÍTULO 10

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( Desculpe qualquer erro)

MAIARA CARLA.

O vento frio me atingiu fortemente enquanto estou sentada aqui no chão do beco, e pensar que há alguns meses atrás minha vida não era essa me mostra como tudo muda, como a vida muda.

Senti minha barriga roncar mais uma vez nessa noite fria, olhei para a mesma e imagino como meu bebê está. Já está tão grande e eu já o amo tanto, o amo com minha alma.

Olhar para minha barriga me lembra de como foi quando contei sobre minha gravidez para Fernando, eu esperava qualquer coisa, menos o que aconteceu aquele dia.

FLASHBACK.

Grávida, eu estou grávida! Não acredito que Fernando me engravidou quando... bem, quando abusou de mim. Tentamos por meses e nunca conseguimos, mas no ato mais horrendo que alguém poderia fazer contra uma pessoa o que mais queríamos foi concebido.

Certo, isso não pode ser tão ruim. Fernando e eu queríamos um filho, sei que esse não veio da forma mais aceitável mas é um filho. É um pedaço meu e dele, é o que sempre quisemos desde que começando a namorar.

A noite virou e eu não dormir de tanto nervoso, nem na cama eu consegui ficar. Depois de tanto rolar na cama eu decidi levantar e ver algo na TV.

Quando o sono finalmente veio já era quase seis da manhã, sai do sofá e fui rapidamente para meu quarto. Provavelmente antes das onze Fernando já estará em casa, quero estar minimamente descansada para conversar com ele.

...

Após dormir por algumas horas eu acordei com um baque na porta do banheiro, quando abri meus olhos vi meu Marido me olhando de perto da mesma.

- O que significa isso ? - ele mostra o teste, droga eu esqueci de guardar. - você está grávida?

- Sim. - falei me levantando. - vamos ter nosso filho, meu amor.

- Não, não! - ele nega solenemente. - não vamos ter nada!

- O que?

- Você vai tirar essa criança, não quero filhos!

- Mas...

- Mas nada, Carla! - ele bate a mão na porta mais uma vez. - mudei de ideia, não quero mais essa criança. Você vai tirá-la!

- Não! - falei firme o olhando nos olhos. - é o nosso filho, eu não vou tirá-lo.

- Você vai, ou você tira ou você some da minha vida. Não quero filho, não quero criança e se você quiser isso não vai me ter!

- Que assim seja. - falei o desafiando.

- Melhor ter outra do que ter você, de você eu só quero devoção. Nada mais, não quero nada que me ligue a você além de sexo fácil. Eu nunca quis nada mais do que isso, me casei com você em meio a um surto, a falta de sanidade. - ele sorri dissimulado. - nunca tive amor por você, era pra ser algo carnal. Era só sexo e você me enfiou na sua família, eles não gostavam de mim. Mas eu estava atrás de algo fácil e você foi a mais fácil que achei. Só foi soltar um eu te amo pra você abrir as pernas!

Não sei de onde tirei forças, mas avancei sobre Fernando com toda raiva que existia em mim. Deixei tapas e socos em seu corpo, ele nem mesmo tentou se esquivar. Ele só teve reação quando deixei um tapa forte em seu rosto.

- Vagabunda! - ele colocou a mão no rosto. - nunca mais me bata!

Ele veio para cima de mim e deixou um tapa seguido do outro, as lágrimas desciam por meu rosto enquanto ele me agredia novamente.

Depois de deixar os tapas em meu rosto, Fernando me joga no chão e me olha com ódio. Ele sai do quarto me deixando ali sozinha, me levantei e fui arrumar minhas coisas.

Não tenho pra onde ir agora, mas assim que possível eu volto para Nova York. Talvez minha família não me aceite, mas irei correr o risco.

Agora eu entendo o porquê de Maraisa sempre ter um pé atrás com Fernando, não só ela mas minha família inteira. Como fui tola, o amor me cegou e não deixou eu ver o quão sem caráter ele era, sua tola, idiota!

Arrumei uma bolsa e peguei um casaco, estava frio em Los Angeles e eu não sei onde vou ficar ou se vou ficar em algum lugar. Peguei a bolsa e fui em direção a sala.

Antes de sair do quarto, aproveitei e peguei alguns trocados na carteira de Fernando. Assim que abri a porta da sala me deparei com uma cena que me tirou o chão.

Fernando estava  agarrando a vizinha, assim que ele me viu seu expressão se fechou. A mulher que estava com o vestido quase na altura dos seios me olhou sem graça, ridícula.

- Onde pensa que vai com essas coisas ?

- Vou embora, se você não quer meu filho, então você não me quer. - falei da forma mais frio possível para não mostrar o quanto aquela cena me abalou.

- Estou pouco me fudendo pra você, mas essas coisas você não leva. - ele pega a bolsa da minha mão. - da minha casa você não leva nada, se preferiu essa criança maldita fique somente com ela!

- Quer saber, que se foda. - deixei a bolsa com ele. - vá pro inferno, Fernando!

Chamei o elevador e esperei alguns minutos, antes que as portas se fechassem Fernando puxou a vizinha para seu apartamento e lá com ela ficou.

...

O ronco da minha barriga me chama a atenção novamente me tirando dos meus devaneios, já estou a quase seis meses na rua e cada dia luto para conseguir alguns trocados para pegar o ônibus até Nova York. Não posso me dar o luxo de usar todo o dinheiro para comprar comida, então tenho que revirar as latas de lixo para comer algo.

Me deitei no papelão que tinha ali no chão e tentei dormir, eu precisava ir para a minha família, precisava pedir perdão e pedir que eles pudessem pelo menos cuidar do meu bebê.

- Deus, por favor. Cuide de mim e do meu bebê, me dê uma luz para conseguir cuidar dele. - pedi com lágrimas nos olhos. - cuide do meu filho.

[...]

Hehe, loirinha logo aparece. Esperem um pouco, até semana que vem meus amores.

Votem e comentem muito. Obg ❤️

too sweet/ mailila G!POnde histórias criam vida. Descubra agora